Este é o título da principal reportagem de hoje da Folha de S. Paulo. Isto explica em parte o assédio do pessoal da Caixa na última semana, quando acompanhavam a caravana da Senadora petista, Ideli Salvatti, sobre os líderes do Poço Grande, aqui em Gaspar. É um negócio entre eles, da tropa de ocupação sindical e que faz do serviço público um trampolim ou uma banca de negócios próspera. Nem que para isso, precisem constituir graves problemas sociais, estruturais e ambientais como queriam no Poço Grande. Nela prometiam construir 540 partamentos, de 30 metros quadrados (com área comum) do programa “Minha Casa, Minha Vida”, concentrados numa única rua do bairro, ignorando áreas obrigatórias de lazer, verde e comunitárias; arruamentos, audiência pública esclarecimento, mitigações e compensações; estudos de impacto de vizinhaça e ambiental; mais creches, escolas, postos de saúde e alternativas viárias para atender à nova demanda de aumento populacional.
Primeiro não quiseram falar, dialogar. Rejeitaram qualquer aproximação Achavam que tudo estava no papo, via os companheiros do partido, da prefeitura e da Câmara de Gaspar. Como a esperteza foi abortada e esclarecida, agora eles querem “conversar”. E é bom que venham, mas que sejam claros e sem a propaganda enganosa e cara em jornais (e que não deu certo), sem promessas e jogadas de efeito. É bom que pensem no futuro das pessoas e da cidade, na qualidade de vida e não apenas na corretagem ou pontuação gerencial.
Veja o que está na reportagem da Folha e entenda melhor como esse pessoal age a favor do seu negócio, explorando as pessoas desinformadas, desorganizadas, fragilizadas, sem liderança atuante e pobres precisando de um teto. Acorda, Gaspar.
A Fenae Corretora, empresa dirigida por sindicalistas da CEF (Caixa Econômica Federal), é a maior negociadora de seguros de entrega de obras do programa Minha Casa, Minha Vida, lançado pelo governo federal há sete meses, informa reportagem de Fernando Barros de Mello para a Folha.
Empreiteiras e corretores ouvidos pela Folha afirmam haver um monopólio informal da Fenae Corretora, que é a única a ter acordo com a Caixa para a venda do seguro-garantia do programa habitacional –um negócio de milhões de reais. A Caixa diz que o mercado é livre para quaisquer seguradoras e corretoras.
A Fenae Corretora é ligada à Fenae (Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal), entidade associada à CUT (Central Única dos Trabalhadores). Pedro Beneduzzi Leite, que preside a corretora e a entidade sindical, é filiado ao PT desde 1990 e já foi doador de campanhas petistas.
Como se vê, existem muitos interesses por detrás em jogo, incluindo os políticos eleitorais, e verdadeira pouca preocupação social.
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