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    "As obras do Ifet de Gaspar estão atrasadas em mais de nove meses para que nele os jovens possam se qualificar e estudar em 2010"
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    Álvaro de Campos

    Poema em Linha Reta

    Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo. Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó principes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que venho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

    *Álvaro Campos é um dos heterônimos de poeta e escritor português Fernando Pessoa.

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Este Blog foi “Invadido”.Oito Meses de Conteúdo Apagado

Esta manchete é real. Só agora, as 18h de Domingo, dia 12.09.2010 consegui ter acesso ao meu próprio blog. Deixaram-me (restabeleceram a antiga senha), talvez por compaixão e depois que fiz circular um e.mail entre amigos durante o dia, esclarecendo a situação do blog. Mais do que recuperar o material postado até aqui, a preocupação agora é saber quem e por quê se orquestrou e executou este crime. É algo grave contra a liberdade de expressão, à cidadania, à dialética, o estado de direito e à democracia.

Aos que ficaram sem informações durante o dia, as minhas sinceras desculpas. Jamais imaginei que isto pudesse acontecer. Sou analfabeto e neófito no mundo digital. Compartilho com todos o e.mail que fiz circular nacionalmente – se mais uma vez, este material não for surrupiado deste blog. Ele por si só é auto explicativo da minha apreensão e sensação de que estamos permitindo que se ultrapasse alguns limites da lei e da liberdade responsável.

Eu, Herculano Domício, tinha e assinava um blog na Word Press chamado “Olhando a Maré” (www.olhandoamare.com). Ele sempre pretendeu ser plural, todavia com focos claros na transparência e nos desvios do poder. E a minha procupação era a cidade de Gaspar, que a conheço e convivo há mais de 30 anos, hoje casualmente governada pelo PT.

Na madrugada de Sábado para Domingo, dia 12.09, os últimos oito meses de conteúdos, opiniões, versões, comentários dos internautas, fatos e provas, simplesmente sumiram do referido blog. Alguém, esperta e criminosamente conseguiu acessá-lo, achando ou decodificando a senha. E não teve dúvidas sobre a melhor forma de como conter o processo dialético ou evitar o contraditório no estado de direito democrático: apagaram tudo, censuraram, acabaram com o que poderia ser um problema. Além disso, não tenho agora, mais a chance de acessar o meu próprio blog. Nem posso explicar ou pedir desculpa aos meus leitores e leitoras por tal agressão a eles.

Este é o melhor aviso do que está para vir sobre a liberdade de expressão dos cidadãos e das cidadãs. O obscurantismo nos ronda e o grande irmão nos controla na internet e decide quem deve sobreviver e se expressar. É um novo Brasil.

Eu, particularmente tenho uma pista sobre o que determinou esta ação própria das ditaduras ou regimes totalitários.

Em um artigo editado na Sexta-Feira, dia 10, colei no blog um e.mail gerado na prefeitura de Gaspar. Para propagá-lo interna e externamente com propaganda eleitoral e dados falsos (abaixo), foi usada a rede do serviço público municipal, o que é expressamente vedado pela atual legislação eleitoral. O e.mail é do Orçamento Participativo(op@gaspar.sc.gov.br). Mostrei por colagens que a subordinação desta área é direta ao Chefe de Gabinete do prefeito e que o responsável pela conta do e.mail (Mauro José Gubert)é filiado ao PT. E para encerrar e comparar, acrescentei a verdadeira pesquisa da RBS (que era Ibope e não da Mapa), divulgada a noite de Sexta (horas depois do citado e.mail circular).

A pesquisa é bem diferente nos números e nas dúvidas ensejadas pelo citado e.mail. Coisas do aparelhamento e da patrulha ideológica toma conta e se serve da estrutura do poder público para as ações partidárias, com finalidades e conteúdos explicitamente duvidosos. O próprio prefeito está na lista dos que receberam o citado e.mail e não pode ignorar esta ação (prefeitocelso@gaspar.sc.gov.br), além do procurador geral, a vice prefeita que é candidata, secretários, assessoria de imprensa etc. Este assunto gerou um mal estar incomum. E a culpa, mais uma vez recaiu sobre o blog que divulgou o fato com provas. Tornou as provas pública. Então era preciso acabar com elas. E parecem, por desespero, prepotência, por meios tortos e condenáveis, acabaram. No Sábado ainda em outro artigo, escrevi sobre a corrupção endêmica (Amapá, Distrito Federal e Dourados) e aproveitei para colar o texto de Cláudio Weber Abramo (Por fim a corrupção), da Transparência Brasil, além de um outro em que me manifestei superficialmente sobre a pesquisa da RBS, baseando-me unicamente um comentários feitos por mim em Dezembro de 2009 e Agosto de 2010, os quais mostravam os meus acertos.

Alguém deve estar comemorando. A democracia, provavelmente, não. Abaixo o e.mail prova de um possível crime que se quer esconder. E para comparar o conteúdo do e.mail da prefeitura de Gaspar com a pesquisa Ibope divulgada pela RBS: Raimundo Colombo, DEM, saiu de 27 para 34%; Ângela Amim, PP, de 31 foi para 27% e Ideli Salvatti, PT, foco do e.mail, saiu de 16 para 15%, segundo essa mesma pesquisa.

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Subject: pesquisa SC
Date: Fri, 10 Sep 2010 08:18:29 -0300

PESQUISA MAPA NÃO PUBLICADA MOSTRA IDELI EM SEGUNDO

Uma pesquisa do Instituto Mapa deveria ter sido publicada no dia 7 de setembro. Mas sua divulgação foi suspensa sem a devida explicação de quem a contratou, o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscom). Os números seriam divulgados pela RBS. Mas não foram. Por que? A explicação pode estar nos números, que ainda ontem circularam extraoficialmente na internet. E por nesses novos dados, Ideli já assume o segundo lugar! Veja:

Raimundo Colombo: 33%

Ideli Salvatti: 23%

Angela Amin: 22%

Chegou a hora da virada!

Divulgue essa informação para o maior número de pessoas possível.

A onda Dilma vai levar o time do Lula à vitória!

É Dilma lá e Ideli aqui!

Até aqui foi o meu e.mail. Para este post emergencial neste dia assustador (ontem foi 11 de Setembro, que celebrou o dia em que se conheceu o poder da ação terrorista), hoje a tarde, no blog do Moacir Pereira, Diário Catarinense, encontrei esta nota que me parece estar dentro de contextos sintomáticos. Eu a publico para a reflexão de todos.

PT de SC tentou proibir divulgação de pequisa do Ibope
12 de setembro de 2010 | Categorias: 1

O juiz Júlio Guilherme Schattschneider,do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, indeferiu pedido da coligação “A favor de Santa Catarina”, da senadora Ideli Salvati, que pretendia impedir a divulgação da terceira etapa da pesquisa Ibope.
O magistrado alega que não há o menor indício de fraude e refuta o argumento usado no pedido dos petistas e aliados de falhas na metodologia usada pelo Ibope. Textual: “Pelo que se verifica das alegações que constam da inicial, não há qualquer alegação de fraude. Ocorreu, na realidade, a mera impugnação do método a ser utilizado. E as alegações se baseiam, a meu ver, em critérios absolutamente subjetivos”.
O requerimento foi apresentado ao TRE de Santa Catarina antes da veiculação dos dados. A decisão do magistrado é de 10 de setembro.

Indecisão e Falta de Liderança Abalam o PT de Gaspar

Festas. Férias (menos para este blog). Dias de descanso. Dias de reflexão. Tempos também de encontros propositais e casuais. E um dos casuais que tive há poucas horas foi com um petista de carteirinha, gasparense e decepcionado. Rasgou o verbo. Confirmou aquilo que muitos das minhas leitoras e leitores já foram informados aqui neste espaço ( e eles tentaram dissimular ou negar em outros espaços). Deu novas dicas, novas pistas. Mas, mais uma vez, pediu-me para que não o identificasse se eu “usasse” alguma informação (que por isso implicitamente as autorizou) da conversa, digamos assim, “despretensiosa” que tivemos.

Ele é a personagem “Z” dos meus comentários postados aqui em “Um e.mail especial”, em 17.10.09 e “Uma carta anônima sobre o ‘um e.mail especial'”, em 25.10.09, a qual confirmei, agora, à autoria, olhando em seus olhos. Alerto: uma rápida leitura nestes artigos mencionados, facilitará em muito à compreensão deste post.

Vamos recompor a conversa, ou seja, uma exposição, uma confissão amarga, pontuada de desilusões, antes de ser um diálogo. Reveladora. Então ela está fragmenta por partes para melhor compreensão.

1. Como eu desconfiava e já escrevi aqui várias vezes, a própria personagem “Z” é enfático: falta um plano claro e estruturado de governo para se atingir os objetivos. Então quais são esses objetivos, perguntei? Governar para os mais humildes. Ser ajudado pelo Lula e a Ideli. Evitar principalmente qualquer surgimento de Oposição séria, organizada, nomes viáveis… Projetar a ex-vereadora e atual vice-prefeita Mariluci Deschamps Rosa para substituir o atual prefeito Pedro Celso Zuchi e ter assim, uma alternativa forte como o Rampelotti (José Amarildo, o vereador).

2. Como assim?, retruquei. Pensei que o objetivo de um governo era o de governar para todos, cumprir o que se prometeu e com os resultados alavancar sucessores, como faz o presidente de honra do PT e presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para a ministra Dilma Rousseff?, argumentei.

3. Meio sem graça e temendo ser a minha dúvida gerencial e estratégica uma reprovação, a personagem “Z”, por um instante hesitou em prosseguir na sua análise. Todavia, recomeçou e completou. Zuchi não quer ser mais prefeito, não irá à reeleição. Isto é pacífico entre nós. E o “núcleo de inteligência”, do qual ele não consegue se libertar, já escolheu a Mariluci para ser a próxima candidata no lugar dele. Por isso ela está em todas, substituindo-o. Vão fazer dela candidata a deputada estadual para testá-la e expô-la. Querem criar musculatura e evitar o surgimento de nomes na Oposição que até então estava toda dominada, enfraquecida.

4. Como assim?, insisti na curiosidade. Tem um grupinho dentro do partido que gerencia o “poder” municipal. Acha-se. Ah, é? Quem é? Como é isso? É o Doraci (Vans e Chefe de Gabinete) que nem é daqui, é de Brusque; o Bertoldi (Lovídio Carlos, ainda presidente do partido e presidente do Samae que estufa o peito e diz que foi o responsável pela vitória do Zuchi); o Rodrigo (Fontes Schramm e secretário de Turismo, Indústria e Comércio, o nosso grande problema, mas que todos têm medo, ele vive 24 horas para o partido e à prefeitura, maquinando, vingando-se); o Mesquita (Mário Wilson da Cruz, procurador geral do Município, cheio de “mágicas” jurídicas, que se orgulha da influência no nosso Fórum, mas que está nos deixando vulneráveis sob todos os aspectos e a coisa está apertando no Tribunal de Justiça e de Contas); e o Dalsóchio (o vereador Antônio Carlos, cunhado do prefeito, o pombo correio, o pau para toda a obra). Eles mandam e desmandam, inclusive, no Zuchi. Eles são o partido. Acham que são o máximo. E por isso, quase tudo tem dado errado. Às vezes a coisa extremesse nesse “núcleo”. Acusam um ao outro. Principalmente depois deles ler o seu blog ou sua coluna desmascarando alguma coisa. Mas, tudo volta ao normal em pouco tempo, em poucas horas, ou minutos. Eles se unem para buscar outros culpados ou quem lhe passou a informação e assim se salvarem nesse reinado de mentirinha. Eu estou com medo de que vamos todos cair numa cilada sem volta.

5. Como assim? E o Soly (Waltrick Antunes Filho, secretário de Planejamento), a Julita (Schramm presidenta eleita do partido), o Melato (José Hilário, PP, ex-presidente da Câmara, o rolo compressor do Executivo no Legislativo) aproveitei a deixa e lhe perguntei com ares de surpresa (e curiosidade). O Soly é o homem de confiança do Zuchi. É amigo. Faz o que o prefeito quer. Não tem ideias. É uma vergonha. O grupo finge que o aceita mas, o enrola. Teme que ele possa “esclarecer” o Zuchi em algumas coisas. A dona Liliane (esposa do prefeito) é muito influente nas decisões e o grupo que não é bobo não, e por influência do Rodrigo, a tem “ouvido” muito (foi assim no primeiro governo de Zuchi); a Julita está sendo ouvida; do Melato eles têm medo e temem a disputa dele com a queridinha deles que é a Mariluci. Estão cozinhando, vão negociar, mas sabem que com ele a coisa é mais difícil para controlar. Sempre leva vantagens. No grupo está também tem outros petistas como o Élcio (Carlos de Oliveira, ex-secretário da Agricultura). O grupo também está incomodado com as influências de gente como Ivo (Carlos Duarte, empresário) junto ao prefeito, outros empresários que nunca foram PT e que você sabe bem quem são, mas o grupo teme que qualquer corte pode enfraquecer o apoio de Zuchi perante esse pessoal que já elegeu o Adilson; eles também estão chateados com alguns secretários que não têm nada a ver e nunca tiveram a ver com o PT de Gaspar. Engolem pela frente e os boicotam por trás. Um teatro incrível.

6. Mas, porque Mariluci? Porque eles acham que ela pode ser totalmente manipulada por eles. Vai ser grata. Só isso. E assim, o grupo continuará lá, firme e forte, mas dando mancadas a torto e a direito como faz hoje. É um projeto deles para salvar os seus próprios empregos, o poder e a influência. Na verdade, neste jogo, para mim, eles estão comprometendo o nosso projeto, os resultados que sonhamos e a imagem do PT de Gaspar. Eles estão cegos, na minha opinião. Em toda reunião, os culpados pelos erros são o senhor, a coluna do senhor, o blog do senhor, o jornal do Gilberto (Cruzeiro do Vale, de Gilberto Schmitt) e a coluna do Gilberto (Chumbo). Em todas as reuniões eles discutem um jeito de acabar com o repasse das informações para o senhor e o jornal. O senhor as vezes exagera e na minha opinião até erra. Entretanto, na maioria dos casos, eu sou testemunha, acerta na veia. Choca. Deixa eles frustados, desorientados e estado colérico. E eles não falam em tomar um outro rumo. Eles não discutem o erro. Parecem reis antigos. Mesmo nús à luz das verdades cruas e doloridas, preferem decretar a morte dos súditos que os exergam nús. É incrível.

7. Como assim? Dizem sempre que vai estourar uma bomba contra vocês. em outras oportunidades dizem que vocês não têm importância. E vocês (o Gilberto, o jornal, o blog e eu) cada vez ganham mais importância na comunidade, ganham credibilidade. E quem dá essa credibilidade? Nós do PT de Gaspar, esse grupo de vaidosos e o próprio prefeito. Só eles é que não percebem isso. Na prefeitura há até uma “censura” sobre o seu blog. Mas, todos o acessam duas ou três vezes por dia. E disfarçam, chamam ele não de “Olhando a Maré”, mas a “onda do mar”, ou simplesmente, “a onda”. Você viu “a onda” hoje? Você já olhou como está “o mar”? Eles (o grupo do poder) ficam doidos. Então ficam atrás dos que estão “passando” informações. Dizem que tem provas, ameaçam, demitem, remanejam. E tudo continua na mesma. E eles ficam mais doidos ainda. E eu triste com o meu PT e o nosso projeto de uma Gaspar melhor. Vamos ainda eleger um Adilson (Luiz Schmitt, PSB, ex-prefeito) da vida; um ultrapassado Paca (Oswaldo Schneider, ex-prefeito e atual presidente do PMDB); um traíra como o Althoff (Rodrigo Boeing, vereador, ex-secretário de Planejamento e atual presidente do PV, que estava na base aliada que elegeu Zuchi e Mariluci e saiu dela, recentemente num affair que expôs o PT de Gaspar e a sua incapacidade de dialogar e de gerenciar crises políticas); ou ainda um esperto e sedento de poder como o Melato (o vereador José Hilário).

8. Um projeto para uma Gaspar melhor? Cite-me um exemplo. Olha o PT de Gaspar que eu sonhei não é o que está ai. É um PT e uma administração muito parecida com a do Eccel (Paulo Roberto, ex-procurador de Gaspar na gestão de Zuchi e Albertina Deschamps, ex-deputado estadual e hoje prefeito de Brusque). Moderna, inovadora na gestão, atuante e com uma equipe qualificada, motivada e afinada. Lá ele é líder de fato. Está acontecendo. Lá ele diminuiu os cargos de confiança. Aqui nós estamos aumentamos eles (leia PT de Brusque propõe mudanças estruturais e de gestão”, postada no dia 20.08.09). Lá há prioridades, planos, convênios, especialistas na busca de verbas federais e estaduais. Lá há diálogo (menos com o Ciro Rosa, DEM e ex-PDT, e seu pessoal) Lá há mudanças. Lá as coisas começam a dar certo. Lá o prefeito é percebido, é jovem, articulado, aberto com a imprensa, com as criticas, conhece, não precisa da senador como bengala para ser seu porta-voz, desmonta as igrejinhas, é reconhecido. Aqui… (interrompe bruscamente com ares de desânimo).

9. Aproveito a deixa e lasco: e por que isso? Falta liderança, falta vontade, faltam pessoas. O Doraci era o chefe de gabinete do Eccel na Assembleia. E ele o descartou. O Doraci é do PT de Brusque, mas veio parar aqui. E virou o todo poderoso. Nada contra. Venderam uma coisa e entregou-se outra. As falhas estão no gabinete e na área Jurídica. Na época do Eccel a vigilância da oposição era maior e mais organizada, entretanto não aconteciam os desastres que hoje acontecem e nos fragilizam. Com tudo o que está acontecendo, acho que Brusque ficou com o melhor e nos deu o pior. Provo: quais foram as grandes mudanças por aqui?. Tudo varejinho. tudo feito meio no segredo. Coisas que mais parecem a escolinha do Professor Raimundo (numa alegoria ao professor Doraci). É muita briguinha, é muito nheco-nheco, é muita fofoca, é muita desorganização, é muita reuniãozinha, o PT de Gaspar está perdido, tem donos e donos que pensam pequeno, que não tem relações com o poder em Santa Catarina e principalmente em Brasília, que ficam fazendo jogadas de quinta categoria como essa do hospital, da drenagem do Santa Terezinha, do isolamento do Belchior, do abandono do Bela Vista, dando mancada como a compra dos terrenos para os desabrigados e daquele outro terreno do Poço Grande, que se enrola nas licitações, nos pregões, que documentam os erros, que não cuidam das contas e deixam o Tribunal passar pitos em público ao prefeito, que arma uma CPI com documentos falsos, que fecha rua para atender amigos ricos, que nomeia gente aqui para trabalhar em Blumenau e atender um deputado do partido, que regulariza obras irregulares dos próprios pares, que faz concurso e não nomeia os aprovados mas quer que a Câmara crie novos cargos comissionados para os apaniguados, que deixa os servidores à mingua no reajuste enquanto esbanja gastos em outros quesitos menores, que anula multa dos amigos apoiadores de campanha…

10. Ufa! E tem jeito? Tem.Tudo tem jeito. Basta o prefeito querer por ordem na casa. Primeiro, para não ir longe, pois Zuchi vai todos os dias estudar lá, ele deveria ir a Brusque, falar com o seu Paulo Eccel. Receber uns conselhos, ter umas aulinhas. Eccel é um conhecido seu. O ajudou muito. E dele receber orientações inspiradoras. Segundo, recomeçar o seu governo. Eles querem mudar alguma coisa agora em Janeiro e Fevereiro. Querem fazer uma meia-sola. E quem está fazendo esta meia sola? É o Doraci, o Rodrigo e o Lovídio. Está tudo errado. O Doraci, por exemplo, devia ser devolvido para Brusque. Devia se fazer um governo técnico com gente inclusive de fora, ou então, um político, só com gente daqui, mas contemplando todas as alas do partido e retirando os sanguessugas que temos lá, inclusive esse pessoal dos verdes ou que nem a partido nenhum é filiado, mas que fica incomodando ou manchando o PT e o governo do Zuchi. Terceiro, trabalhar sério para eleger o próximo prefeito, pois do jeito como as coisas estão e vão, vamos perder mais uma vez a oportunidade como já perdemos em 2004.

11. Leitoras e leitores. Foi uma conversa calma, elucidativa em alguns aspectos. Num determinado instante “Z” quis saber se eu tinha muitos documentos comprometedores da atual administração. Disfarcei. Eles temem muito isto, revelou-me. Às vezes duvidam, em outras se preocupam muito. Ora, se estão preocupados com este detalhe é porque alguma coisa de errada tem e eu estou no caminho certo, penso. E a personagem emenda: eu também os tenho, todos nós lá temos, isto é que é uma bomba que Zuchi nem sabe qual é o tamanho do estrago que fará quando estourar. E esse grupo (o do poder) por causa disso, já começou a caça as bruxas. Foi ai que insisti: como assim? Mas, o assunto não se desenvolveu e eu não forcei.

12. A personagem “Z” revelou-me que o vereador José Amarildo Rampelotti, PT, com imunidade parlamentar, mais articulado, foi escalado para da Tribuna da Câmara me desmoralizar e ridicularizar ou desacreditar o Jornal Cruzeiro do Vale. E fez várias tentativas. E o feitiço virou com o feiticeiro. Não se tornou manchetes da mídia local como se queria. Ao contrário. Aguçou ainda mais a curiosidade para algo então restrito a poucos, alavancou à audiência do blog, da coluna e solidificou a credibilidade do jornal como independente, a favor de uma cidade plural, desenvolvida e livre das dúvidas ou maracutaias.

13. Com cuidados para não ser flagrado por um companheiro na “traição” do encontro com um inimigo declarado, a personagem Z e eu nos despedimos, sob chuva, num mormaço desconfortável, como o que se sente a personagem em relação ao governo do seu partido em Gaspar. Não lhe dão ouvidos. Há um grupo impenetrável. Perguntou se eu usaria alguma informação? Sinalizei positivamente, ressalvando que nada era novidade para este blogueiro e nem para as minhas leitoras e leitores. Finalmente, desejamos um 2010 melhor para Gaspar. Trocamos um aperto de mão. Houve promessas mútuas de sucesso e dele pude ouvir ainda se tiver alguma novidade eu lhe repasso… Ele se foi. Eu fiquei. Pedi uma caneta emprestada e uma folha de papel. Isolado, livre dos olhares indiscretos, anotei as principais partes da conversa para não ser traído pela falta de memória. Aqui está a reprodução de uma pequena parte e que compartilho com todos vocês.

O PT, os Recursos para o Hospital e a Propaganda

A foto da reinauguração do novo hospital de Gaspar: governador, prefeito, o presidente da Bunge, do Conselho e da Acig

O Partido dos Trabalhadores não é apenas um partido. É uma eficaz máquina de Propaganda Política. É algo intencional. É vital. Ardilosa. Profissional. Calculada. É um ato de sobrevivência e de poder. E por isso, as vezes, a comunicação é também enganosa se não houver o pontual contraponto.

Em Gaspar, a morte e o ressurgimento do hospital tem muito a ver com isso. Evitei polemizar antes pois estava em jogo um resultado fundamental para a comunidade, a reabertura do hospital que muitos não queriam, inclusive parte dos médicos (basta contar quem e quantos estavam lá na reinauguração). E todas as vezes que tratei de forma aguda este assunto, provoquei desconforto e ira em vários setores, principalmente dentro do PT, em parte dos médicos e da atual administração municipal.

Voltando à comunicação do PT. Nela lida-se com a ignorância da audiência, com meias verdades, o constrangimento, a pressão, a humilhação, o desprezo, a ameaça, as trocas, as “alianças de governabilidade”, a aposta para o “esquecimento” dos eleitores sobre fatos e dados, a versão, a manipulação dos fatos, a coação, a esperança, a promessa, o palanque, a bravata, a patrulha, o discurso, o medo e até a ideologia (o aceitável de tudo isso).

Anula-se até a dialética, a liberdade, a imprensa, a livre expressão de que diz defender quando na Oposição. Quando na situação, o PT e seus aliados, suprimem os dogmas éticos, morais e fundamentais. Igualam-se ao que se condenava, corrompe e se aparelha tudo e sem critérios técnicos, de qualidade e resultados.

Em Gaspar, isto tudo não é diferente. E o caso do novo hospital é exemplar. Então vamos aos atos deste teatro da vida real, e como possível final feliz. Na semana da reabertura do novo e moderno hospital, propaganda a torto e a direito nos outdoors, nos 20 mil exemplares do folheto “Gaspar em Ação” e principalmente nas rádios, insinuando que foi a atual administração municipal a responsável por tal feito. Sem comentários.

Primeiro Ato: o calvário

No passeio de votos da também chamada de campanha eleitoral, em que elegeram Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, o PT, teve como um dos motes, a reabertura da Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Como se ele não é não é municipal? É uma entidade filantrópica comunitária autônoma, e ao qual o município não teve ou tem nenhuma ingerência direta para esse resultado: o fechamento ou reabertura.

Indireto, teve, sim: por política errática ou intencional, economizou-se com atendimento ambulatorial à população, obrigação do município e repassou-se isso ao hospital, que aceitou devido a gerenciamento temerário ou político, sem a devida contrapartida monetária.

Pior. Na mesma campanha eleitoral se divulgou nos comícios e contatos que o fechamento do hospital foi feito ou era culpa da administração que tentava se reeleger – e venceu-se -, a de Adilson Luiz Schmitt, PSB e Clarindo Fantoni, PP.

Meia verdade. Não foi o prefeito da época quem o fechou, mas uma Ação (02506004119-0) proposta em juízo pelos médicos que queriam o fechamento do Pronto Atendimento. Alegava-se falta de condições técnicas, e principalmente a falta de pagamento – não exigido até então à época da Ação – para o chamado sobreaviso. A Justiça, ouvindo o Ministério Público, atendeu o pedido dos médicos – entre eles, o ortopedista Fernando Buchen, genro do candidato e hoje prefeito Zuchi, que agora em nome desses mesmos médicos, volta a ser diretor clínico do novo hospital, aberto e moderno.

Diante da decisão judicial, o Conselho do Hospital Nossa Senhora Socorro avaliou o quadro desastroso e decidiu fechá-lo. O PA era o único lugar onde se poderia prover recursos próprios para o mendigo, velho, depauperado, moribundo, desclassificado, sucateado, mal gerenciado, usado politicamente para poder, aparelhamento e assistencialismo, endividado hospital. Acumulavam-se questiúnculas na Justiça contra ex-administradores e presidentes do Conselho, por credores, funcionários e até de apropriação indébita de tributos federais, fato que fariam responder os ex-presidentes do Conselho com o patrimônio pessoal, podendo até dar cadeia.

Melhor, o Conselho do hospital não apenas decidiu fechá-lo, mas recuperá-lo, abri-lo sob todas as dúvidas, pressões e dos céticos de plantão. Decidiu dar nova vida ao que se definhava. Um ato desmedido de coragem que a maioria dos políticos de Gaspar, médicos e determinadas lideranças se negavam ao desafio. Nova chance a um hospital sem esgoto, isso mesmo, sem esgoto, rede elétrica sob ameaça, goteiras, sem médicos, sem gerador, uma equipe de funcionários desmotivada, politicamente dividido, condenado pela vigilância sanitária, cheio de dívidas, sem a confiança dos possíveis pacientes, sem futuro, sem planos.

O primeiro contato do Conselho foi com a Acig – Associação Empresarial de Gaspar. O pedido era modesto. O presidente Samir Buhatem topou a parada depois de ouvir o Conselho da entidade e principalmente o presidente do conselho da Acig, o executivo Sérgio Roberto Waldrich, presidente da Bunge Alimentos. E optou-se pelo choque, pelo risco, pela crítica, pelo boicote. Um hospital para ser orgulho e referência em Gaspar.

A Acig foi atrás de parceiros como a Ampe, a CDL, o Lions, o Rotary, a imprensa e lideranças. Constituiu um corpo jurídico terceirizado. Nada foi fácil. Bazares, dezenas de promoções de clubes e entidades, doações privadas e basicamente R$6 milhões vindos da Bunge ou sob a sua sensibilização.

No palanque de campanha, Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, além de acusar os políticos da hora pelo fechamento prometiam se eleitos, colocar R$ 200 mil por mês para se contrapor aos R$130 mil rubricados no orçamento do seu adversário. Eleito, até hoje, Zuchi e Mariluci não cumpriram a promessa de campanha.

Segundo Ato: o checão
A verdade é outra. O articulador de campanha do PT e atual secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Rodrigo Fontes Schramm, mesmo sendo tesoureiro da Acig, foi a rádio para mobilizar companbheiros contra a ideia e aparelhar o Conselho. Não conseguiu. Saiu da Acig e foi para a Ampe. Agora, o PT tenta se desviar criando factoides. E quando confrontado fica nervoso, se descontrola, humilha, ameaça e contrange. Tem consigo uma verdade e que só ele acredita.

O governo do estado compareceu com R$2,25 milhões em dois convênios com participação decisiva dos empresários, do presidente do Conselho, lideranças comprometidas e da Secretaria de Desenvolvimento Regional; o governo federal com R$3,5 milhões numa verba especial para os hospitais atingidos pela catástrofe ambiental de Novembro do ano passado e que veio para o governo do estado distribuir a seu único critério.

Quando este recurso foi entregue aqui, reclamaram em discurso que não havia faixa de agradecimento ao presidente Lula. Um abuso. Quem reclamou nunca foi atrás desta verba; assim como ninguém do PT, da prefeitura. A decisão de destiná-la a Gaspar, coube exclusivamente ao secretário estadual da Saúde, Dado Cheren, sensibilizado pela Acig, o Conselho do Hospital e deputados estaduais da base governista. Nem mais nem menos, até porque eu sou testemunha ocular deste fato.

E o que houve com esta verba? Um desrespeito. Uso político. Propaganda enganosa. Mas, desmascarada e entendida por parte da população. O PT ficou tiririca.

O que aconteceu? Depois de entregue em solenidade pomposa, com oito deputados presentes, muitos discurso, estes recursos só chegaram ao hospital 45 dias depois – uma das causas do atraso da reabertura do hospital prometida para Setembro. E chegou na forma de um checão promocional, fotos e divulgação como os recursos fossem da prefeitura. Um constrangimento sem tamanho, patrocinado pelo prefeito, sua vice, o partido e o presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP. Em recesso, apesar da urgência, o projeto de Lei ficou a espera para trâmite e votação com o dinheiro parado no cofres da prefeitura.

E para encerrar este ato: do governo Lula apenas um recado bem claro. Primeiro paguem o que devem (os impostos). E foi o que a nova administração do Hospital fez. Parcelou, está pagando e se habilitando a verbas de custeio e investimento. Por enquanto, nada.

Terceiro Ato: as irresponsabilidades e a propaganda

Voltando. Do município, é verdade quando Zuchi diz que colocou quase R$2 milhões. Mas, isto foi definido por lei pelo seu antecessor Adilson. Zuchi teve que cumpri-la. E na Câmara quando este assunto foi discutido para se tornar lei impositiva, a então vereadora Mariluci, já vice eleita, trabalhou para que o valor fosse diferente. O total do repasse ficou em R$1,56 milhão segundo a lei 3085. Na proposta original que Adilson enviou e eu acompanhei, era para ser repassados R$200 mil em Janeiro deste ano, R$360 mil em Fevereiro e a partir de Março, R$100 mil todo mês até o final deste ano, num programa de aceleração do cronograma das obras.

Mariluci trabalhou para que as parcelas fossem iguais a R$130 mil por mês (o mesmo total de R$1,56 milhão propostos por Adilson), todavia, bem longe da promessa de campanha de R$ 200 mil por mês e que ela poderia modificá-la naquele momento, pois seria na sua gestão o gerenciamento de tais recursos orçamentários e que dariam então R$2,4 milhões no ano para o hospital.

Você leitor e leitora, e o próprio PT argumenta, pode me dizer que por conta do Pronto Atendimento do hospital fechado, a prefeitura teve que sustentar aberto 24 horas o Car – Centro de Atendimento de Risco – que faz o atendimento ambulatorial do município. É verdade. mas, esta é a obrigação constitucional e que a prefeitura economizava, repassava o serviço ao hospital e não o remunerava, causando-lhe prejuízos. O Pronto Atendimento do hospital é feito para os casos de emergência e urgência, bem diferente do atendimento ambulatorial e social.

Agora, espera-se que a prefeitura e especialmente Adilson e Zuchi saibam o quanto isto custa ao município e saibam o mal (e o rombo) que eles e outros prefeitos causaram ao hospital, sucateando-o. Isto está demonstrado claramente abaixo. Apesar de tudo isso, Zuchi e o PT todavia, parecem que não aprenderam a lição. Já no dia 4 de Janeiro vão fechar gradualmente o Car.

Como será o compromisso da prefeitura com o hospital? Primeiro Zuchi mandou um orçamento para aprovação na Câmara com dotação de R$130 mil, ou seja, longe dos R$170 mil que haviam sido acordados com o advogado e secretário de Saúde, Francisco Hostins Júnior ( o mesmo que deu uma entrevista depois do hopital novinho afirmando que ele não precisava ter sido fechado), foram considerados. A emenda para os R$170 mil por mês ao hospital no orçamento de 2010, foi feita pelo vereadores e ainda pode sofrer veto.

Ou seja, na peça orámentária nada dos R$200 mil prometidos em campanha por Zuchi e Mariluci, que quando cobrados, sempre diziam que antes precisavam de tempo para conhecer a realidade financeira. Um ano depois foi tempo suficiente para tal. Todavia, a história não está completa.

Na inauguração do hospital no sábado dia 19, o prefeito anunciou uma verba adicional de R$400 mil, divididos em duas parcelas de R$200 mil. Somados aos R$2.040.000,00 propostos pelos vereadores, na verdade, vai se alcançar no ano que vem, na média, os R$200 mil mensais prometidos em campanha. Até o momento que posto este comentário, não havia qualquer indicação na pauta da sessão extraordinária de hoje, Segunda-Feira, dia 21, na Câmara, para apreciar este Projeto de Lei, e muito menos o PL autorizativo dos R$170 mil no orçamento.

Resumindo. Por enquanto, o hospital não tem verbas municipais para Janeiro. É que a Câmara está em recesso. Há promessas. Discursos. Acorda, Gaspar.

Para concluir, agora você leitor e leitora tem a compreensão de quanto é o custo operacional do hospital de Gaspar para atender as demandas municipais. Veja este quadro e que dá a dimensão da origem do rombo, do sucateamento e da falência sob todos os aspectos do hospital de Gaspar.

Em 1997, pela lei 1649, Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, do PMDB repassava R$8.500,00 por mês; Andreone Cordeiro que assumiu no lugar de Nadinho, por meio da lei 1920, em 1999, o repasse mensal para o hospital passou a ser de R$17 mil; em 2002, no primeiro mandato de Pedro Celzo Zuchi com Albertina Deschamps, ambos do PT, a lei 2307 aumentou mais uma vez o repasse para R$23 mil e em 2005 a lei 2554 para R$30 mil mensais; em 2006, Adilson Luiz Schmitt, PSB e Clarindo Fantoni, PP, por meio da lei 2712, aumentaram para R$50 mil e depois em 2008, para R$75 mil na lei 2980. Em neste 2009 foi repassado ao hospital pela administração de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, R$130 mil por meio da lei 3085, na proposta orçamentária de Adilson.

Outra coisa que deve ser ressalvada é que as remessas de recursos para o hospital não se limitaram aos repasses mensais. E o crescimento dos repasses (incluindo subvenções, compra de equipamentos, pagamentos extrordinários) ao hospital que vou demonstrar a seguir, foi fruto da discussão aberta com a comunidade do novo Conselho do hospital. Um hospital não é um local de lucros, mas também não pode ser um local de descontrole, de improvisos, de amadorismo e uso político ou assistencialismo para o poder de plantão como sempre foi. Quando isso acontece quem perde é a população e a mais necessitada, a doente e a mais carente.

Veja estes números e conclua você mesmo. Há uma evolução. E quem ganha com esta evolução é a comunidade não os empresários, os políticos, os partidos, a militância, os canidatos, as entidades, os jornalistas, os radialistas ou colunistas. Este é o total dos repasses mensais e outras verbas feitas por prefeitos para o hospital de Gaspar: Nadinho, R$102.000,00; Andreone, R$ 85.000,00; Zuchi no primeiro mandato, R$960.000,00; Adilson, R$3.585.000,00 e Zuchi no primeiro ano do segundo mandato, R$2 milhões que divulgou (sendo R$1.560.000,00 de repasses mensais).

A população foi à inauguração e à visita num testemunho da reconstrução e modernização do único hospital de Gaspar

“Minha Casa, Minha Vida privilegia corretora sindical”

Este é o título da principal reportagem de hoje da Folha de S. Paulo. Isto explica em parte o assédio do pessoal da Caixa na última semana, quando acompanhavam a caravana da Senadora petista, Ideli Salvatti, sobre os líderes do Poço Grande, aqui em Gaspar. É um negócio entre eles, da tropa de ocupação sindical e que faz do serviço público um trampolim ou uma banca de negócios próspera. Nem que para isso, precisem constituir graves problemas sociais, estruturais e ambientais como queriam no Poço Grande. Nela prometiam construir 540 partamentos, de 30 metros quadrados (com área comum) do programa “Minha Casa, Minha Vida”, concentrados numa única rua do bairro, ignorando áreas obrigatórias de lazer, verde e comunitárias; arruamentos, audiência pública esclarecimento, mitigações e compensações; estudos de impacto de vizinhaça e ambiental; mais creches, escolas, postos de saúde e alternativas viárias para atender à nova demanda de aumento populacional.

Primeiro não quiseram falar, dialogar. Rejeitaram qualquer aproximação Achavam que tudo estava no papo, via os companheiros do partido, da prefeitura e da Câmara de Gaspar. Como a esperteza foi abortada e esclarecida, agora eles querem “conversar”. E é bom que venham, mas que sejam claros e sem a propaganda enganosa e cara em jornais (e que não deu certo), sem promessas e jogadas de efeito. É bom que pensem no futuro das pessoas e da cidade, na qualidade de vida e não apenas na corretagem ou pontuação gerencial.

Veja o que está na reportagem da Folha e entenda melhor como esse pessoal age a favor do seu negócio, explorando as pessoas desinformadas, desorganizadas, fragilizadas, sem liderança atuante e pobres precisando de um teto. Acorda, Gaspar.

A Fenae Corretora, empresa dirigida por sindicalistas da CEF (Caixa Econômica Federal), é a maior negociadora de seguros de entrega de obras do programa Minha Casa, Minha Vida, lançado pelo governo federal há sete meses, informa reportagem de Fernando Barros de Mello para a Folha.

Empreiteiras e corretores ouvidos pela Folha afirmam haver um monopólio informal da Fenae Corretora, que é a única a ter acordo com a Caixa para a venda do seguro-garantia do programa habitacional –um negócio de milhões de reais. A Caixa diz que o mercado é livre para quaisquer seguradoras e corretoras.

A Fenae Corretora é ligada à Fenae (Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal), entidade associada à CUT (Central Única dos Trabalhadores). Pedro Beneduzzi Leite, que preside a corretora e a entidade sindical, é filiado ao PT desde 1990 e já foi doador de campanhas petistas.

Como se vê, existem muitos interesses por detrás em jogo, incluindo os políticos eleitorais, e verdadeira pouca preocupação social.

Zuchi Levou “Puxão de Orelhas” do Ministro das Cidades

Está na hora da atual administração municipal de Gaspar rever seus atos, ter planos e objetivos. Mais: é preciso ter uma equipe eficaz, técnica, profissional e comprometida com resultados e não apenas companheiros que aparelham, usufruem, e não preparados (e as vezes também não competentes), os quais deixam vulneráveis o seu próprio líder Pedro Celso Zuchi e o partido PT. É hora de parar em arrumar desculpas, explicações e apontar culpados na Oposição (que não existe), nos outros e na imprensa. É hora de mudar. É hora de recomeçar. É hora de trabalhar e duro. Todos aplaudirão. Quem ganhará? A cidade e suas pessoas, a equipe de governo e o próprio PT e seu prefeito.

Nas últimas semanas relatei dezenas de casos de espertezas, propagandas enganosas e falhas operacionais primárias (não as estratégicas, pois não se sabe se podem tê-las). Dezenas.

Nesta semana, muitos ficaram pasmos e assustados com o que revelei aqui no blog sobre a trapalhada de Brasília, a qual tentaram esconder por aqui. É só olhar a nota “Projeto da Ponte do Vale foi entregue no ministério Errado” e postada na quarta-feira dia 21. Fui rigoroso? Não. Apenas retratei uma realidade.

E agora descubro que a minha nota não estava completa. Hoje, sábado, dia 24, na coluna “SC no Planalto”, de Klécio Santos, no jornal Diário Catarinense, de Florianópolis está lá:

Desinformados, o prefeito de Gaspar, Pedro Luchi (PT), e o vice-prefeito de Florianópolis, João Batista Nunes (PR), levaram um puxão de orelhas do ministro das Cidades, Márcio Fortes. Ao pedir dinheiro no ministério para a construção de uma ponte em Gaspar e do acesso ao aeroporto da Capital, eles foram orientados a inscrever, pela internet, os projetos no sistema de convênios do governo federal. Segundo Fortes, as duas emendas da bancada de SC destinadas aos municípios, no valor de R$ 5,1 milhões, só poderão ser liberadas após o cumprimento dos trâmites da inscrição. Para que o recurso seja liberado, o empenho precisa ser feito até o dia 31 de dezembro

Descobre-se agora que fizeram duas viagens em vão. Tudo poderia ser feito pela internet. E tudo diferente do que se publica nos releases do município e principalmente do que a senadora Ideli Salvatti fala nas rádios daqui como portavoz da administração local, como fez na semana passada direto de Brasília. Então sou eu quem exagero? Era só o que faltava Gaspar virar chacota nacional por conta da falta de preparo de alguns. Estadual já está. E vem mais por ai. Quem é que orienta esse pessoal? Só assim se justifica as fotos que circulam por ai na Internet, incluindo aquela do secretário da agricultura Alfonso Bernardo Hostert, PV com a Sabrina Sato.

Se na administração de Gaspar ainda não sabe da regra da Solicitação de Recursos e via o Siscovi, posto agora para conhecimento e ser uma uma norma de uso entre os responsáveis pela busca de dinheiro para os projetos.

A partir da vigência do Decreto nº 6.170, de 25/07/07, a apresentação de pleitos passou a ser efetuada pela internet, através do Portal de Convênios. O referido Decreto foi regulamentado pela Portaria Interministerial nº 127, publicada no DOU de 30/05/08, seção 1, pag. 100-105.
O MI fará gestões no sentido transportar, para o Portal de Convênios, os dados técnicos dos pleitos apresentados através da sistemática de Consulta Prévia e não atendidos, no exercício de 2008.
ATENÇÃO: Os pleitos referentes ao Estado de Calamidade Pública e à Situação de Emergência vigentes deverão seguir os trâmites definidos na página da Secretaria Nacional de Defesa Civil.
Convênios já firmados:
Para obter informações sobre os convênios já firmados entre o Ministério e os Estados, Municípios e Distrito Federal e entidades, acesse o sítio da Secretaria Federal de Controle – “Consulta Convênios”: http://www.cgu.gov.br/convenios/index2.asp

E para encerrar esse assunto de pedir recursos para a Ponte, em Brasília DF. No dia 21 de outubro de 2008, no Teatro Carlos Gomes, em Blumenau, há dois anos, houve uma audiência da bancada parlamentar catarinense. A senadora Ideli Salvatti, PT, era a presidente da bancada. Eu estava lá. E lá eu vi os recém eleitos Pedro Celso Zuchi, a vice Mariluci Deschamps Rosa e o vereador Jorge Luiz Wiltuschning, todos do PT. Eles como eu, presenciaram a defesa unânime dos municípios da região da Ponte do Vale e do Anel de Contorno. Gaspar, não sei por quem representado (Adilson não estava), mas presumo que era por Marise Spengler Heining, entregou vários ofícios. Entre eles o abaixo, 775/2008 de 17.10.2008. Ele foi aceito e protocolado pela própria funcionária da senadora e chamada Nathália. Ele tem até a numeração de 007 e o recebido da funcionária. Ou seja, Brasília e os parlamentares estão familiarizados com os pedidos, mas com os caminhos…, parecem que não e ai perdemos as oportunidades.

fotocópia do documento entregue com o protocolo da funcionária da Senadora Ideli

fotocópia do documento entregue com o protocolo da funcionária da Senadora Ideli

Assessoria do Prefeito Anuncia Verbas e Obras para Gaspar

Depois de ser superada na velocidade, na clareza, na transparência e nos acessos por este blog, finalmente a Assessoria de Comunicação do Município de Gaspar resolveu trabalhar para o seu patrão (o prefeito e o povo) e informar os cidadãos e cidadãs de Gaspar. E hoje, Quarta-Feira, depois de dois dias de jejum, pelo menos três informações similares foram postadas no site oficial da internet sobre a viagem do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT e do secretário do Planejamento e Desenvolvimento, Soly Waltrick Antunes Filho à Brasília. São informações oficiais e por isso tem o senso da propaganda.

A primeira veio na manhã da Quarta-Feira, dia 21, após este blog manchetear:”Projeto da Ponte do Vale Foi Entregue no Ministério Errado” e a de Terça-Feira, dia 20: “Prefeito de Gaspar e o secretário Soly estão em Brasília”. Ninguém sabia da viagem por aqui e feita as pressas (já explicada em nota deste blog).

Para contrapor, a manchete da prefeitura foi: “Prefeito de Gaspar se reúne com Ministro Márcio Fortes”. E com o ministro do PP, segundo a nota, tentava a liberação de R$ 6 milhões para os primeiros passos das obras da Ponte do Vele sobre o Rio itajaí, alí próximo ao ginásio de esportes Prefeito João dos Santos. O que a nota não explicou é que isto se trata de uma emenda parlamentar de bancada, que era R$19 milhões e foi cortada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, fato que já deu o maior bafafá e desgastes por aqui. E liberar verbas, exige convênio, assinatura de contrato e rubrica no orçamento. Isto por enquanto não há nada. Mas é um bom começo. E só a pressão de políticos, líderes comunitários principalmente (incluindo os do Vale do Itajai) e o olho da imprensa não atrelada, que o negócio se resolve ou se explica.

Na mesma nota: Durante a reunião de hoje o prefeito estará tentando também, garantir os recursos totais para a obra que está orçada em R$65milhões. E o boato correu solto na cidade dizendo que o prefeito tinha conseguido esse dinheiro. Faltou explicar que este é o valor do Anel de Contorno (que Zuchi não acha importante ou prioritário para a cidade e que diz ser de responsabilidade do estado), da ponte, suas alças e acessos, inclusive para a BR-470.

Faltou dizer que colocar no orçamento é uma coisa, garantir recursos é bem diferente e liberar é outro passo mais difícil. E as vezes, executar a obra é ouro calvário (mesmo tendo projeto, verba, licitação, contratos assinados etc). É só ver o que esá acontecendo como dito trevo da Mafisa e a BR-101, por exemplo. Mas colocar no orçamento, se conseguir, já é um avanço enorme. Gaspar existe. Mesmo nas vésperas de campanha política para ser tema de euforia em palanques e entrevistas nas rádios para os menos esclarecidos serem envolvidos mais uma vez.

A outra nota postada no site da prefeitura hoje e que veio de Brasília diz: Prefeitura de Gaspar tem quatro obras aprovadas no Orçamento da União . Tratam-se da recuperação ambiental do terreno e construção do mirante – projeto Cidade Rio, na Coronel Aristiliano Ramos, no valor de R$195mil, emenda deputado federal Cláudio Vignatti, PT; da pavimentação e drenagem pluvial da Rua José Anastácio da Silva, na ligação entre Gaspar Grande e Gasparinho via comunidade São João Batista, no valor de R$196.400,00,
emenda do deputado federal Décio Lima, PT; da urbanização do loteamento Cohab/Gaspar Mirim, no valor de R$493,1mil, emenda da senadora Ideli Salvatti, PT; e as melhorias e ampliação da quadra de esportes da escola Ferandino Dagnoni, no Gasparinho, no valor de R$185.250,00, emenda do deputado federal João Pizzolatti, PP. Nada a comentar. Tento checar como se dará esta liberação, se já tem convênio, se já foram assinados os contratos, se houve licitação e nos site oficiais não os encontro.

Por derradeiro, no final da tarde, uma nova nota sobre estes mesmos assuntos com a seguinte manchete: Prefeito de Gaspar garante R$6milhões e já pede R$23milhões para 2010 . Esses R$23 milhões é parte daquele R$65 milhões que se mancheteou e se exagerou pela manhã. E novamente não vai para o orçamento da União e sim para o orçamento das emendas de bancada que para esta obra, este ano, cortou-se 70 por cento. Se o ritmo for este, vamos ter novamente ai algo em torno de R$6 a R$8 milhões disponíveis, se houver projeto e muita cobrança da comunidade e da imprensa sobre os políticos no ano que vem, ano de campanha eleitoral. E emenda é uma sugestão, não é verba garantida. É algo político e que conforme o vento sai rápido, no montante que se pede e em outros, diante da realidade das receitas, é cortada ou diante dos acordos e pressões políticas, também se vai, como cinzas ao leu. Acorda, Gaspar.

Projeto da Ponte do Vale Foi Entregue no Ministério Errado

O secretário Alfonso Bernardo Hostert, PV; a senadora Ideli e o Prefeito Zuchi, na viagem a Brasília em que entregaram o projeto da ponte na Casa Civil, quando deveria ter sido no ministério das Cidades.

O secretário Alfonso Bernardo Hostert, PV; a senadora Ideli e o Prefeito Zuchi, na viagem a Brasília em que entregaram o projeto da ponte na Casa Civil, quando deveria ter sido no ministério das Cidades.

A Assessoria de Comunicação do Município de Gaspar está de férias. E talvez por causa disso, quem assumiu a condição de informar os gasparenses sobre a viagem “surpresa” (noticiada aqui com exclusividade) do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT e seu secretário de Planejamento e Desenvolvimento, Soly Waltrick Antunes Filho a Brasília, foi a senadora Ideli Salvatti, PT.

Pelo menos foi o que deduzi consultando o site oficial do município na internet e que desde de segunda-feira, dia 19, não é atualizado (ao menos até o momento em que escrevo este post e o coloco na rede) em seu noticiário (vai ver que faltam notícias oficiais). O site não diz nada sobre a viagem do prefeito e seu secretário de Planejamento. E foi também o que deduzi ouvindo a pouco a entrevista da senadora, ao vivo e direto de Brasília, na nossa Rádio Sentinela do Vale. O prefeito e o secretário, ficaram de boca fechada.

Sabem o que eles foram fazer em Brasília, segundo a senadora? Entregar o projeto da Ponte do Vale. Mas, eles não foram a Brasília há duas semanas fazer isso (estava na comitiva o secretário da Agricultura, Alfonso Bernardo Hostert)? Foram (pelo menos falaram isso por aqui). Então por que retornaram a Brasília ontem no maior silêncio? Porque, segundo a própria senadora, o projeto teria sido entregue na Casa Civil (aquela da candidata Dilma Rousseff, do PT) e o projeto executivo (aquele que a Acig fez e pagou com os empresários) da Ponte do Vale para aproveitar a verba de verdade, tem que ser entregue no Ministério das Cidades e que é do PP, no ministro Máricio Fortes de Almeida. Então fizeram uma viagem em vão? Não sei. Errar é humano. Corrigir o erro é, a princípio, um ato de grandeza. É nobre. Todos nós falhamos e merecemos o perdão. Pior é aquele que erra e culpa os outros ou nada faz para reparar a ação errada. Gastaram o nosso dinheiro para entregar o projeto no local errado? Não sei. Eles vão a Brasília e não se orientam direito? Será?

Esta história não está completa. A própria senadora tem culpa no cartório. Eu tenho uma foto da viagem do prefeito (e a publico acima) há duas semanas quando na estadia por lá o dito projeto foi entregue na Casa Civil. E lá em Brasília eles falaram com a Senadora. E se falaram com ela, por que não pediram ajuda e orientação a gasparense honorária, madrinha do governo de Gaspar, para evitar mais esse passeio a Brasilia? Acorda, Gaspar.

CONFIRMADO

Somente agora a pouco, próximo as dez horas horas da manhã, a Assessoria de Comunicação do Município de Gaspar alimentou o site oficial com as informações dando conta que o prefeito Pedro Celso Zuchi e seu secretário viajaram a Brasília ontem (os leitores e leitoras deste blog já sabiam disso ontem mesmo). Também informam a razão da viagem o que confirma, em parte, a entrevista da Senadora e o que está postado acima, bem antes da Assessoria esclarecer o motivo da viagem. A transparência para algo que estava apenas nos discursos. Veja na íntegra.

O Prefeito de Gaspar Pedro Celso Zuchi está desde ontem (20) em Brasília acompanhado do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Soly Waltrick. O objetivo é encaminhar os trâmites para a liberação de recursos para a construção da Ponte do Vale.
Em reunião com o ministro das Cidades Márcio Fortes de Almeida, acompanhado da senadora Ideli Salvatti e do diretor do departamento de Mobilidade Urbana Deusdith de Souza Junior, o prefeito de Gaspar apresentou o projeto da ponte onde foi autorizado, na tarde ontem, o registro no sistema de convênios do Ministério.
Ainda hoje (21) no período da manhã o prefeito se reúne com a subsecretária de Planejamento e Administração Magda Oliveira de Myron Cardoso, onde define o valor do empenho dos recursos. O prefeito busca a liberação da primeira parcela dos recursos no montante de R$6milhões para o ano de 2009 onde pode iniciar o processo de licitação da obra. Durante a reunião de hoje o prefeito estará tentando também, garantir os recursos totais para a obra que está orçada em R$65milhões. A intenção de Zuchi é lutar pelo comprometimento do Ministério das Cidades com a execução total da ponte.

Não é implicação, mas vocês já repararam como começa a nota do Município? “O Prefeito de Gaspar Pedro Celso Zuchi está desde ontem (20) em Brasília acompanhado do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Soly Waltrick.” Não seria: “O prefeito de Gaspar Pedro Celso Zuchi, acompanhado do secretário…” Que história é essa de que o prefeito foi a reboque do secretário Soly? Está no site. Todos nós lemos…

Ônibus de Gaspar Serão Proibidos no Centro de Blumenau

Problema é antigo, muito antigo. Apenas está travestido de notícia nova. A notícia nova foi a manchete do jornal Cruzeiro do Vale na edição de sexta-feira, dia 16. E ele fez isso porque não é chapa branca. Tem compromisso com a notícia, com a comunidade. E assim virou líder de leitura e credibilidade. E a notícia começa assim:

Os ônibus da Viação Verde Vale estarão proibidos de passar pela área central de Blumenau a partir de 1º de janeiro de 2010. A data foi estipulada pelo prefeito João Paulo Kleinubing, que quer retirar do centro da cidade todos os ônibus do transporte intermunicipal

E a notícia causou comoção. O Portal do jornal “bombou”. Os gasparenses se indignaram. E não poderia ser para menos ou diferente. Mais uma vez a razão deu lugar à emoção. O bairrismo veio à tona. As cores partidárias também. Os políticos do poder de plantão em Gaspar, adoraram a ingenuidade dos gasparenses que se manifestaram. E ficaram todos bem quietinhos. “Isso é um problema de Blumenau”, fomentaram. Uma vergonha.

E qual a razão para a decisão do prefeito de Blumenau e que é do Democratas? Com a saída dos ônibus intermunicipais da área central Blumenau, segundo os cálculos que os técnicos de lá divulgaram, terá menos 500 linhas de ônibus por dia circulando nas ruas Sete de Setembro e Avenida Beira Rio (a Castelo Branco). E quais as soluções possíveis? Segundo o presidente do Seterb (Serviço Autônomo Municipal de Trânsito e Transportes de Blumenau), Rudolf Clebsch “existem duas opções para o transporte intermunicipal: ou todos os ônibus de Gaspar, Indaial, Pomerode, e demais cidades serão integrados aos terminais urbanos de Blumenau, ou ao terminal rodoviário”.

Como escrevi na primeira frase, o problema é antigo. E como escrevi também, os leitores bombaram no portal e eu também compareci lá para dar o meu pitaco:

“Os leitores Paulo Zimmermann e Márcio acertaram na mosca em seus comentários. Falta planejamento, integração e solução pensando no futuro. Os políticos pensam em votos e não nas pessoas. No meado da década de 1990, o gasparense Renato de Mello Vianna, PMDB, então prefeito de Blumenau, tentou colocar a medida em prática. Teve que recuar, temia não ser votado (mas foi eleito depois) deputado federal. Outro gasparense e ex-deputado estadual pelo antigo MDB, colunista deste jornal, Álvaro Correa, foi presidente do Seterb e responsável pela implantação dos terminais e do sistema que funciona, e bem, até hoje em Blumenau. Na época, um bafafá orquestrado pelas empresas que não queriam o sistema usando os passageiros quase o crucificaram. Ele já pensava nessa integração. Foi vencido e ele pode melhor do que eu, falar sobre isso. Resumindo: tivemos mais de dez anos para encontrar uma solução conjunta, técnica, melhor para os passageiros (os verdadeiros beneficiários do serviço público permissionado). Preferimos levar de barriga e ser “surpreeendidos” pela medida unilateral do prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinubing, DEM. Aonde estavam o prefeito de Gaspar Pedro Celso Zuchi e sua vice Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, nesta hora? Ausentes, pelo jeito. Eram eles que deveriam estar empunhando uma bandeira da solução comum em favor dos gasparenses. Ou não? Eles preferem o circo pegar fogo e colocar a culpa em Blumenau, do que fazer a sua parte. Faltou Gaspar. Acorda, prefeito. Acorda, Gaspar”

E muitos podem pensar que fui duro na minha observação acima. Podem. Todavia, os nossos políticos, os nossos líderes (deus nos livre deles) dão sopa para o azar (na ação e na comunicação estruturada). Vivem do jogo de culpas e da falta de conhecimento de muitos. Leia o que estava estampado numa notícia postada no portal do jornal Cruzeiro do Vale na Sexta-Feira a tarde:

Representantes das empresas Verde Vale, Expresso Presidente Getúlio, Transportes Rainha e Turismos Volkmann se reuniram com prefeitos de Pomerode, Indaial e Luiz Alves nesta sexta-feira, 16, para debater o assunto referente à medida proposta pela Prefeitura de Blumenau em relação à circulação de ônibus intermunicipais no centro da cidade. O objetivo da reunião foi criar estratégias a favor dos trabalhadores e estudantes que utilizam diariamente o transporte coletivo.

Após a reunião, ficou determinado que cada município será responsável pela mobilização através de abaixo-assinados e da imprensa local. Também deverá ser encaminhado um ofício à Câmara de Vereadores de Blumenau em nome das cidades consideradas metropolitanas, pois apresentam linhas de circulação que passam pelo centro de Blumenau.

Imediatamente resolvi interferir, mais uma vez, no assunto e postei a seguinte observação.

“Por favor leiam bem esta nota acima. E concluam: quem está errado? Eu? Os prefeitos de Pomerode, Indaial e Luís Alves em conjunto com diversas empresas se reuniram para contestar ou encontrar soluções ao impasse da proibição do ônibus dessas cidades passarem no centro de Blumenau. E o de prefeito de Gaspar onde estava? Defendendo os estudantes e os trabalhadores parece-me que não. E ainda tem gente que acha que Blumenau é a culpada. Culpados somos nós que culpamos os outros ao invés de buscar soluções para os que precisam delas. Acorda, Gaspar“.

Ora, quem fecha rua (como a Cecília Joanna Schneider Krauss) ao arrepio da lei transformando-a em beco para poucos e privilegiados (segundo os donos dela para se livrar da bandidagem enquanto a prefeitura transforma outros locais em favelões); quem abre um beco (como o Inês Baron) onde moram humildes em rua (estreita, perigosa, esburacada, com lama e pó) para escape clandestino de muitos (privilegiados) do congestionamento; quem se enrola na defesa de uma segunda ponte para a cidade e do anel de contorno alegando que estes são problemas de outros municípiose do estado; quem não cuida e não restringe o trânsito sobre a sua única ponte e que está ruindo, está, na verdade, fazendo tudo dentro da falta de prioridades, necessidades e causas.

Então os culpados são os outros? A verdde é que quem vai pagar caro por tudo isso agora e no futuro são os gasprenses.

Impressionante mesmo é o silêncio dos vereadores neste assunto, legítimos representantes (pelo menos pediram e foram votados com essa promessa) da comunidade. Se o Executivo está omisso, abriu-se naturalmente o espaço para a atuação mais vigorosa dos nossos vereadores. Percebam o que a comunidade está falando e escrevendo sobre este caso específico, sobre favelões, ruas fechadas, caos no trânsito, segurança, lixo, ônibus urbanos, falta de água, desabrigados…

E para encerrar, pincei do portal do jornal Cruzeiro do Vale, algumas opiniões que foram postadas nele por gasparenses (afetados ou não, mas indignados) sobre o assunto. E nelas acrescentei a minha opinião. Compare.

De Gilson José Hostins: Vamos nos unir para que tal fato não venha a ocorrer. Abaixo-assinado de todos os usuários neles. Isso é inadmisivel de acontecer. O prefeito de Blu só pode estar brincando.

Gilson: acho que ele está agindo em favor de Blumenau, talvez não a favor da região e porque não tem o contraponto do prefeito de Gaspar que devia defender os interesses dos gasparenses. O conflito e o diálogo porduziriam soluções melhores para os dois lados e não apenas para um. Se Gaspar está ausente, é fraco ou não tem voz, outros farão o que bem lhe aprouver.

De Jonas Roberto Simas: Pois eu tenho a grande solução para o trânsito em Gaspar! É só proibir o trânsito de todos os carros com placas de Blumenau. Perfeito, vai ser uma beleza. Olho por olho, trânsito por trânsito, vamos nos vingar de Blumenau! Sempre ponderado, Paulo Henrique Hostert também foi na mesma linha.

Jonas não é um político pequeno, revanchista, palanqueiro bravateiro, mas já aprendeu e está no caminho certo. E se Blumenau adotar a mesma atitude? Quem verdadeiramente vai perder com essa “guerrinha”? É preciso mudar o discurso. É preciso construir ideias (sérias e compartilhadas) e executá-las (torná-las reais); é preciso dialogar, aparar as diferenças e convergir; é preciso sair dos gabinetes, dos conchavos interesseiros e oferecer soluções aos passageiros não só para este impasse, mas para outros maiores e os do futuro.

Por que não um metrô de superfície que interligue Indaial, Timbó, Blumenau e Gaspar com os principais terminais urbanos dessas cidades e tarifa única para todos? Sonho? É. Entretanto, é assim que se começa a solução real dos problemas e não com acusações e retaliações. Enquanto se acusa e retalia, cria-se factoides, manchetes, desvia-se da responsabilidade e quem sofre é o passageiro, o necessitado, o mais fraco…

Gaspar, Blumenau, Timbó, Indaial e até Pomerode não podem viver mais como uma ilha (como insistem e querem muitos de seus políticos do atraso). Apesar de terem interesses e administrações próprias, esses municípios estão em algo maior onde a maioria dos problemas são os mesmos para eles. Um deles é o transporte coletivo, os outros são a segurança, o sistema viário, a saúde, a assistência e inclusão social, planejamento urbano, a defesa civil, a habitação popular e por ai vai. As políticas públicas deveriam ser macros e comum, sem conceitos ideológicos e que elas pudessem superar os governos, com metas e reivindicações claras.

O Ifet só vem para Gaspar porque Blumenau abriu mão numa negociação que envolveu a Acib e a Acig além dos políticos como a senadora Ideli Salvatti, PT; a ponte do Vale só tem chances de sair do papel em Gaspar porque ela beneficia não apenas os gasparenses. A mesma coisa é com o Anel de Contorno e assim vai.

Gaspar, por favor, acorda! Livra-nos do atraso, do descaso, do achincalhe, dos políticos sem ideias e capacidade de agir em favor da sua comunidade e de seu futuro. Diga-me, estou exagerando?

Pelo Poder, Petistas Destroem PT dos Sonhos, da Esperança

Um dia eu acreditei que o Partido dos Trabalhadores seria um sinalizador (para o bem, é claro) da ética na política brasileira e que os partidos sob questionamentos, mudariam por e a partir disso. Olhei o discurso, o ideário, algumas práticas e os intelectuais que lhe davam suporte. Ingênuo, eu fui. Reneguei à sociologia, à história, os tratados, as doutrinas, o conhecimento, os alertas e à antropologia. Milhões de outros também foram (para meu consolo e decepção profunda) ingênuos. E antes de continuar, devo dizer que nunca fui petista, mas como cidadão, curioso no assunto e um sujeito afeito às campanhas partidárias, tornei-me um admirador da possibilidade de se mudar as mesmices estruturadas nas espertezas, na hipocrisia, na corrupção e no jogo do compadrio do poder entre poucos.

Uma pena. A constatação da ação predadora (contra si próprio e os sonhos que vendeu) do PT no poder foi e é cruel. Bastaram menos de quatro anos. Tudo foi ardilosamente montado para se chegar lá. E isto ficou claro quando se contratou o mais “famoso” profissional de marketing que o Brasil tinha à época, Duda Mendonça. Afinal quem não tinha (e ainda não tem) conteúdo mas apenas discursos, acusações e constrangimentos, precisa de propaganda, bem feita, bem armada e com cheiro de mentira e emoção. Precisa-se de expert e espertos numa área que lida com a fantasia (que também a conheço há mais de 30 anos).Tudo pelo resultado imediato antes que seja contestado solidamente.

Não vou desfiar, mais uma vez para não me tornar repetitivo e enfadonho, as incoerências e os brutais jogos de mentiras montados e exercidos pelo PT e seus membros para ter como aliados (votos) os mais fracos, os menos informados, os dependentes, os fanáticos que vivem e se locupletam (literalmente) da máquina de criar factoides, fantasias e facilidades para quem se instalou no poder.

Vou apenas colar e postar duas opiniões deste sábado e domingo, entre as milhares que são publicadas diariamente nos grandes veículos de comunicação do Brasil por anônimos e famosos, as quais leio com frequência e que mostra que eu não estou sozinho nesta percepção. Ou seja, não é algo da minha possível radical, unilateral, irracível e profunda decepção com fatos que poderiam ter mudado a nossa ação, o nosso comportamento e a nossa história política no Brasil.

A primeira é uma carta do leitor que está publicada no jornal Folha de S. Paulo na edição deste domingo sob o título de Brasil

“Terminei de ler o artigo “Ideologia zero”, de Fernando Rodrigues (Opinião, ontem), com uma travo amargo na garganta. O sentimento decorreu do fato de que o texto retrata fidedignamente a verdade contida em seu título -e lamentei os anos em que militei no PT.

Ver o presidente Lula e Dilma Rousseff reabilitarem Valdemar Costa Neto e outros envolvidos em escândalos com o dinheiro público é de doer na alma.

E não há nada a fazer senão esperar pelos novos escândalos, a nova chacina, a nova mentira deslavada, enfim, a mesma rotina exasperante de um povo medíocre, que não tem capacidade de sair de um estágio primitivo de relacionamento social, no qual imperam valores marcados pela psicopatia.”
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

Agora, leia o artigo que inspirou o desabafo do leitor da Folha e que na verdade toma conta de pessoas com o mínimo de massa cinzenta e que não dependem deste mundo de sacanagens. Este é o teor do artigo Ideologia Zero, do conceituado Fernando Rodrigues e publicado no sábado, na mesma Folha.

BRASÍLIA – Um dos inúmeros efeitos colaterais da alta popularidade de Lula é a sem-cerimônia do presidente para reabilitar políticos antes relegados ao degredo. A lista é longa. Incluiu recentemente Fernando Collor e José Sarney. Agora, com a necessidade de ampliar a aliança pró-Dilma Rousseff, o PT mergulhará mais fundo.

Nesta semana, PMDB e PDT foram cortejados pelo PT e por Dilma. Na terça-feira, será a vez do curioso PR (Partido da República) oferecer jantar à pré-candidata petista ao Palácio do Planalto.

O PR é fruto da união do antigo PL com o Prona. O atual donatário da legenda é Valdemar Costa Neto, deputado federal por São Paulo. Ele renunciou ao mandato para não ser cassado em 2005, na esteira do escândalo do mensalão. Se renunciou, alguma consciência pesada deveria ter. Mas, como dinheiro não era problema, disputou novo mandato em 2006 e conseguiu retornar ao Congresso.

O PR é um legítimo representante da baixa política. Elegeu 25 deputados em 2006. Ontem, o placar das bancadas da Câmara apontava a legenda de Valdemar com 45 representantes. Um crescimento de 80%. Posto de outra forma, 80% de discrepância do desejo expresso pelos eleitores nas urnas.
Valdemar deve estar presente ao jantar para Dilma na terça-feira.

Em tempos de celulares multifuncionais, fotos serão inevitáveis. O registro de imagem é o menor problema. A popularidade alta do governo Lula assemelha-se ao antigo escudo invisível de uma marca de pasta de dente. Nada parece atingir ou incomodar os lulistas.

Por ironia, foi Valdemar um dos arquitetos em 2002 da formação da chapa Lula-José Alencar. Muitos se esquecem, mas o PT venceu aliado ao PL. Agora, de novo, os petistas e Dilma descerão às profundezas da política para buscar a vitória. O caminho eles já conhecem bem.

Ironia? Nada. Tudo e todos são farinha mesmo saco para ser usada num pirão a ser servido para interesses bem planejados e com os mesmos. Vejam as coincidências. Em Santa Catarina, a senadora Ideli Salvatti é candidata declarada do PT ao governo do estado. Ela também participou do plano de reabilitação dos ex-presidentes Fernando Collor e José Sarney, e por isso e muitos outros tropeços caseiros (porto de Itajaí, corte no orçamento, pedágio da BR 101…) andava em baixa. Coincidentemente uma pesquisa da Mapa a turbinou na semana passada. Esta pesquisa conseguiu uma unanimidade rada: a da desconfiança, até mesmo no PT que tem pesquisas de trabalho e conhece a realidade. Adivinha a meta de Ideli. Ter como vice um empresário (ou executivo) e se possível com sobrenome alemão vindo de Joinville ou Blumenau. E de que partido? do PR de Valdemar da Costa Neto.

Resumindo: tudo intencional. Tudo feito para enganar. Tudo feito para ganhar. Quem perde? A sociedade com essas armações e espertezas. Por derradeiro, perguntar não ofende: cadê a esperança, o sonho, a mudança?

E antes que me escrevam questionando quem é o Fernando Rodrigues, passo-lhes o seu curriculo.

Fernando Rodrigues, jornalista, nasceu em 1963. Fez mestrado em jornalismo internacional na City University, em Londres, Reino Unido (1986). Na Folha desde 1987, foi repórter, editor de Economia, correspondente em Nova York (1988), Tóquio (1990) e Washington (1990-91). Na Sucursal de Brasília da Folha desde 1996, assina a coluna “Brasília”, na página 2 do jornal, às segundas, quartas e sábados. Mantém uma página de política no UOL desde o ano 2000 – com informações estatísticas e analíticas sobre eleições , pesquisas de opinião e partidos políticos. Em 2007/08 recebeu uma fellowship da Fundação Nieman, na universidade Harvard (Cambridge, MA, nos Estados Unidos).

Quais as Prioridades de Zuchi e Mariluci para os Gasparenses?

Pode estar se definindo o que poucos observadores mais sensatos suspeitavam durante a última campanha eleitoral municipal: nenhum dos candidatos tinha realmente um plano de futuro para a cidade, de rompimento com as mesmices. Foi uma campanha de grupos rivais (no sentido lato), movidos por interesses pessoais (antigos) e principalmente de vingança ao poder estabelecido, na época exercido de forma quase totalitária por Adilson Luiz Schmitt, PSB (ex-PMDB).

Foi uma campanha sem ideias ( e discussão e comparação delas), sem propostas e sem amor. Discutiu-se muito (e se discute até hoje) um estilo que ganhou rejeição na época, ou seja, a forma centralizada, autoritária e muitas vezes, desconexas de Adilson. Era um problema, realmente. Mas, o estilo se tornou um superlativo e encobriu ou mascarou verdadeiro debate: por que Gaspar merecia algo melhor, não apenas na figura de seu governante, mas nos resultados? Quem vai ou está perdendo com isso agora (a falta de discussão de ideias e mudanças)? A cidade e suas pessoas.

Se os vencedores Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, tinham ou ainda têm algum plano, eles ainda não o mostraram e nem esboçam alguma execução coordenada e coerente do plano. Pior, ambos, já estão em causa própria, em campanha para o próximo ano. E por conta disso, correm riscos excepcionais. Ficam expostos. E o tiro pode sair pela culatra.

Vamos aos fatos. Primeiro deve haver um desconto pelo caos em que eles pegaram a cidade após a catástrofe ambiental de novembro do ano passado e que afetou significativamente o início do governo de ambos. O estrago natural na cidade não foi fácil. Todavia, se havia um plano concebido, bastaria redefinir as prioridades dele, negociar, estabelecer os novos objetivos, os novos prazos das metas, comunicar à comunidade e se comprometer com menos ou com os novos direcionamentos.

Mas, nada. Faltou atitude, faltou ação, faltou coragem, faltou capacidade, faltou liderança, faltou discernimento, faltou respeito, faltou humildade e sabedoria. Aliás, quem no debate precisou ler (algo feito por outros) a sua auto-apresentação (hilário e desconcertante) e o encerramento com as juras de comprometimento, nada mais falso e duvidoso. Era o sinal da falta de autenticidade e que tinha pouco a falar.

O que está claro até agora foi a transformação da Câmara numa espécie de secretaria da administração municipal; as sucessivas quebras das normas; a gestão financeira temerária segundo o Tribunal de Contas do Estado; a dança dos números do orçamento para caprichos próprios; a descordenação das ações; a falta de prioridades; o descomprometimento absoluto com o futuro e a qualidade de vida dos gasparenses; bem como a favelização da cidade num assistencialismo de resultado nitidamente eleitoral, mas que amplia os problemas sociais, de segurança, saneamento, água, educação, saúde e aumenta as despesas municipais.

Nem a madrinha da cidade, arroz de festa na campanha, a cidadã honorária gasparense, Ideli Salvatti, deu mais as caras por aqui. Ela própria sempre disse que Zuchi e Mariluci eleitos, abriria as portas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra candidata Dilma Rousseff (mãe do PAC) para se chegar aos cofres e às obras. Incialmente e de olho na corrida majoritária estadual, Ideli se estabeleceu num parceiro de maior projeção eleitoral num cluster mais denso, Carlito Merss, de Joinville, origem do seu ativismo. Depois, andou de braços com José Sarney e Fernando Collor de Mello… E ai…

Voltando. Quais as verdadeiras prioridades de Gaspar? Quais são os planos? Quais os antigos e novos comprometimentos? Quais os líderes, os técnicos e os hábeis? Falta realmente dinheiro? Resumindo: a administração Zuchi e Mariluci não tem claramente, por enquanto, uma causa de mudança e futuro. Vive em círculo. Vive de propaganda enganosa e se sente raivosa quando se coloca o dedo nessa ferida. Nas rádios daqui, um discurso, perguntas comedidas, respostas preparadas. Nas rádios de fora e tevês, quando ao vivo, um desastre e fica patente a falta de um plano, de uma orientação, de um objetivo e de uma coerência mínima. Mudou-se (verdadeiramente) o estilo, regrediu-se no resultado.

Se falta dinheiro, inclusive para construir as casas (aliás, nem terrenos direito compraram até agora e o dinheiro está nos cofres do Município há quase três meses repassados pela Defesa Civil), por que vão comprar mais de R$ 1 milhão de móveis e equipamentos novos para a burocracia de plantão? Quantas casas seriam possíveis de se contruir com esse dinheiro? Quantos terrenos poderiam ser indenizados para se abrir novas avenidas ligando os bairros, integrando, contribuindo para o ordenamento da ocupação urbana e contribuindo para diminuir os congestionamentos? Quantas creches poderiam ser abertas?

Mas afinal, quais são as prioridades do município? Comprar carros novos (e luxuosos para o gabinete) ao invés de máquinas agrícolas para a patrulha mecanizada na secretaria da Agricultura? Por que comprar radar para a Polícia Militar, contratar equipamentos e serviços para monitorar os prédios públicos, bem como adquirir uma inútil (por enquanto) balança para pesar lixo quanto se enrola na implantação do sistema de câmeras no centro e assim conter a onda de violência e insegurança? Qual o plano, o planjemanto e as prioridades desta administração? Acorda, Gaspar.

Veja o edital. Só coloco a página inicial, porque ele é detalhado e longo (e pode ser visto no site da prefeitura). São dezenas de materiais e que totalizam R$1.007.272,00 a serem desembolsados dos cofres do Município.

Gabinete do Prefeito e Vice Prefeito, Diretoria da Comunicação, Secretaria Municipal de Administração e
Finanças, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo,
Secretaria Municipal de Agricultura, Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento, Ditran –
Diretoria de Trânsito, Polícia Civil – Convênio SSP/Trânsito, Fundo Municipal de Saúde, Fundo Municipal
de Desenvolvimento Social, Centro Educativo Maria Hendricks, Polícia Militar – FUNREBOMPOM,
Procuradoria Geral do Município

EDITAL DE LICITAÇÃO
PREGÃO PRESENCIAL Nº 119/2009
TÍTULO: Registro de Preços, visando a aquisição de móveis.
Tipo de Licitação: Menor preço.
Forma de Julgamento: Por item.
Forma de Fornecimento: Parcelada.
Regência: Lei 10.520/2002, lei 8.666/93 e alterações, Decreto Municipal nº 1.731/2007 e Lei
Complementar 123/2006.

Data e horário de apresentação dos envelopes: Até as 08:45 horas do dia 28/09/2009.
Data e horário da abertura dos envelopes: Dia 28/09/2009, às 09:00 horas.
Local de apresentação e abertura dos envelopes: no Departamento de Compras, na sede da Prefeitura
Municipal, situada na Rua Coronel Aristiliano Ramos, nº 435, Praça Getúlio Vargas – Centro, na
cidade de Gaspar, Estado de Santa Catarina.

O MUNICÍPIO DE GASPAR, em conformidade com a legislação e normas pertinentes, torna público, para
conhecimento dos interessados, que fará realizar licitação, sob a modalidade PREGÃO PRESENCIAL, do
tipo menor preço por item, dispondo no presente Edital as condições de sua realização.
1 DO OBJETO
1.1 A presente Licitação tem por objeto o Registro de Preços, visando a aquisição de móveis para escritório,
conforme as características técnicas descritas no ANEXO V – Proposta de Preços.
1.2 A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar contratações que deles poderão
advir, facultando-se a realização de licitação específica para o objeto pretendido, sendo assegurado ao
beneficiário do registro a preferência na contratação em igualdade de condições, nos termos do art. 15,
parágrafo 4º da lei 8.666/93.
1.3 A presente despesa tem por justificativa a estruturação física e a manutenção das ações dos setores
administrativos do Município.

Veja esta do radar móvel para a Polícia Militar


PREFEITURA MUNICIPAL DE GASPAR
Aviso de Pregão Presencial Nº 120/2009
OBJETO: aquisição de radar móvel para a Polícia Militar.
ENTREGA DOS ENVELOPES: contendo os documentos de Habilitação e a Proposta de Preços até as 08:45 horas do dia 06/10/2009.
ABERTURA: dia 06/10/2009 às 09:00 horas. Os interessados poderão obter a íntegra do Edital diariamente no horário de expediente no Depto. de Compras sito a Rua Cel. Aristiliano Ramos, 435 Centro Gaspar/SC ou no site: http://www.gaspar.sc.gov.br
Gaspar (SC), em 18 de Setembro de 2009.
PEDRO CELSO ZUCHI
Prefeito de Gaspar

Pregão – Licitação N.º PMG nº 120/2009
Objeto da Licitação
Objeto da licitação: Aquisição de radar móvel para a Polícia Militar.
Situação: Aberta
Publicado por: Secretaria Municipal de Transportes e Obras
Data de Abertura: 06/10/2009
Horário: 09:00
Local: No Departamento de Compras/Licitações, no prédio sede da Prefeitura de Gaspar, sita a Rua Coronel Aristiliano Ramos, nº 435, Praça Getúlio Vargas – Centro, Gaspar/SC.
Detalhes:
Valor total estimado: R$ 87.000,00 (oitenta e sete mil reias).
Período de contratação: até 31/12/2009
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