Esta pergunta já teve uma resposta mais enfática e eufórica há seis meses. A possível aliança e apoio do partido conservador (e que está na base aliada do governo de Luís Inácio Lula da Silva) e da família Amim ao PT e principalmente as pretensões da senadora Ideli Salvatti para ser candidata ao governo do Estado em 2010 por esta presumível coligação, podem estar naufragando. Era previsível. E aqui neste blog e na coluna “Olhando a Maré” do jornal Cruzeiro do Vale, este assunto já foi tratado como possível.
O que não permite a liga? O modo de ser e agir dos dois partidos em Santa Catarina. O PT continua palanqueiro e ainda não encontrou a sua veia pragmática (diferente do âmbito federal). O PP, ao contrário, tem os dois: palanque e resultados, mas seus eleitores foram educados para serem contra o PT e seu modo de agir. As pesquisas qualitativas internas, guardadas as sete chaves, mostram essas realidades. Resultado: a senadora Ideli Salvatti estacionou. Já por conta deste cenário, e na opção por mulher, Ângela Amim vem se mostrando mais viável. O que incomoda o PT e a sua candidata? Estas pesquisas que emplacaram a dúvida, fruto de realidades que o partido e a senadora tentam ou querem mudar.
O PT catarinense parece, finalmente, estar unido em torno deste projeto de poder. Mas, é tarde e pouco. Não convence. Ele e seus atores não mudaram. Continuam assembleístas e geradores de encaminhamentos, como se ainda nanicos fossem. Continuam pequenos nos discursos e nas ações. Prometem o que podem e não cumprem. Prometem o não podem e culpam outros pelos resultados. Escondem as suas próprias fragilidades apontando e se escudando em erros dos outros. Continuam ativistas como se fossem as vestais do exemplo da moral pública e política, apesar das entranhas expostas no âmbito nacional. Em Santa Catarina, por exemplo, o PT já está associado a bravatas e a palanques. E o mais recente está relacionado à catástrofe ambiental de Novembro. Vai desde a esperteza da troca de uma, repito, uma palavra inadequada nos projetos, para justificar a não liberação de recursos emergenciais e solenemente prometidas, até enrolação da limpeza do canal do porto de Itajaí, por exemplo.
Pior. O PT catarinense tem histórico para a instabilidade das alianças que propôs ou para o qual foi convidado. Cito apenas duas. Há um rosário microrregionais e é ai que mora o perigo. A do primeiro mandato de Luís Henrique da Silveira que até deu ao médico pediatra riosulense Volnei José Morastoni, PT, a presidência da Assembleia Legislativa e que o alavancou posteriormente à prefeitura de Itajaí. Luís Henrique comeu o pão que o diabo amassou nesta aliança. E só venceu o segundo mandado com a tal triplice aliança que o PMDB fez com DEM e PSDB. O segundo exemplo é mais recente vem de Joinville onde o professor, economista e deputado de Porto União, Carlitos Merss, PT, se elegeu prefeito. O PP que estava no casamento, está batendo em retirada. Não aguenta mais. Pergunte por exemplo ao deputado joinvilense (Clari)kennedy Nunes. E assim vai. E assim foi. E provavelmente assim será.
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