O vereador Luiz Carlos Spengler Filho, o Lu, PP, foi escolhido presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara de Gaspar. Ela vai apurar se houve irregularidades na contratação e na efetiva execução dos serviços da firma Salseiros, de Itajaí, em Novembro do ano passado pela administração de Adilson Luiz Schmitt, PSB e Clarindo Fantoni, PP.
Ela foi contratada sob o regime excepcional do decreto de calamidade pública para o serviço de máquinas após a catástrofe ambiental de Novembro do ano passado. A denúncia levada à Câmara em Março deste ano pela administração de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, dá conta que existem sérias dúvidas de que o serviço tenha sido efetivamente prestado. E é isso que a comissão vai apurar. Leia mais detalhe no artigo “Câmara de Gaspar Decide Fazer CPI Contra Adilson”, que postei no dia 31 de outubro.
O relator será o vereador José Amarildo Rampelotti, PT. Fazem ainda parte da CPI, Raul Schiller, do PMDB; Joceli Campos Lucinda (que não tinha assinado o pedido de CPI pois estava ausente) e o vereador Rodrigo Boeing Althoff, PV, membro da Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara que durante oito meses analisou a denúncia e finalmente produziu um relatório conclusivo que possibilitou à abertura da CPI e cuja página 7 estampo abaixo). Althoff que pertence a “base aliada”, todavia, produziu na semana passada um “tititi” ao se negar o pedido de abertura da CPI. Antes ele queria finalizar o relatório para lastrear com o relatório a CPI.
A CPI é instaurada exatamente no momento mais delicado do atual governo que sofre sucessivos questionamentos na comunicação, na ação e formalmente no âmbito judicial. Primeiro veio a notícia de tecnicamente as contas de Adilson e Fantoni foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado. A CPI pode provar que o Tribunal não estava totalmente certo e ai criar um fato político para rejeitar ou aprovar com restrições as contas na Câmara. Se ocorrer o contrário, o feitiço vira contra o feiticeiro.
Segundo, começaram a pipocar vários processos no Tribunal de Contas e na Justiça Estadual e Federal contra a atual administração, isto sem falar num inquérito que foi dilatado no prazo para apurar na Polícia Federal, a possivel compra de votos a campanha passada na região do Jardim Primavera, no Bela Vista.
Luiz Carlos Spengler Filho, o Lu, é um agente de trânsito concursado e trabalha regularmente no Ditran. É filho e herdeiro de Luiz Carlos Spengler, o Cuca, ex-vice prefeito com Tarcísio Deschamps (já falecido). Na gestão passada Cuca foi presidente do Samusa (hoje Samae e ocupado pelo presidente do PT Lovídio Carlos Bertoldi). O PT não gostou escolha de Lu. O presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, que trabalha firme para a base aliada apesar de não integrá-la ainda formalmente, também ficou numa saia justa.
O escolhido é amigo, filho de um amigo, é do seu partido e teme pela exposição de Lu se ele resolver não seguir a cartilha técnica da assessoria da Câmara, a quem Melato pensa ser a solução para o impasse e com a sua atuação de bastidores. A dúvida é o vereador Rodrigo que deu vários sinais de independência depois que a atual administraçào sinalizou distância, mas teve que recuar quando ele foi nomeado também presidente do PV de Gaspar. O mimo da prefeitura para acalmar Rodrigo já veio em projeto de lei solicitado pelo próprio Rodrigo (e que também resolve vários problemas pendentes de campanha do Executivo). O Projeto de Lei 83/2009 regulariza todas as obras Clandestinas e Irregulares em Gaspar. Só aqui isto é possível.
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É mesmo uma vergonha para Gaspar, a Câmara de vereadores a serviço do prefeito e de seu cunhado, que indiscultivelmente buscam criar fatos com a chancela do macaco velho presidente da câmara de vereadores.
Porque estes 10 desocupados não se precupam em realmente ficalizar a administração pública, se não querem se indispor, que pelo menos façam que a lei seja cumprida.
Tô ouvindo o Lovídio falar que sera normal faltar água 2 vezes por semana, que o lixo é problema de que o faz. É uma vergonha, dez vereadores que somente sabem usar de sua pseudo imunidade para tocar o pau em quer defender este munícipio.
Para finalizar não sou contrário a CPI, muito pelo contrário investigar é preciso, mais deixar a população desassistida, não.