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    "As obras do Ifet de Gaspar estão atrasadas em mais de nove meses para que nele os jovens possam se qualificar e estudar em 2010"
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    Álvaro de Campos

    Poema em Linha Reta

    Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo. Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó principes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que venho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

    *Álvaro Campos é um dos heterônimos de poeta e escritor português Fernando Pessoa.

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O PT, os Recursos para o Hospital e a Propaganda

A foto da reinauguração do novo hospital de Gaspar: governador, prefeito, o presidente da Bunge, do Conselho e da Acig

O Partido dos Trabalhadores não é apenas um partido. É uma eficaz máquina de Propaganda Política. É algo intencional. É vital. Ardilosa. Profissional. Calculada. É um ato de sobrevivência e de poder. E por isso, as vezes, a comunicação é também enganosa se não houver o pontual contraponto.

Em Gaspar, a morte e o ressurgimento do hospital tem muito a ver com isso. Evitei polemizar antes pois estava em jogo um resultado fundamental para a comunidade, a reabertura do hospital que muitos não queriam, inclusive parte dos médicos (basta contar quem e quantos estavam lá na reinauguração). E todas as vezes que tratei de forma aguda este assunto, provoquei desconforto e ira em vários setores, principalmente dentro do PT, em parte dos médicos e da atual administração municipal.

Voltando à comunicação do PT. Nela lida-se com a ignorância da audiência, com meias verdades, o constrangimento, a pressão, a humilhação, o desprezo, a ameaça, as trocas, as “alianças de governabilidade”, a aposta para o “esquecimento” dos eleitores sobre fatos e dados, a versão, a manipulação dos fatos, a coação, a esperança, a promessa, o palanque, a bravata, a patrulha, o discurso, o medo e até a ideologia (o aceitável de tudo isso).

Anula-se até a dialética, a liberdade, a imprensa, a livre expressão de que diz defender quando na Oposição. Quando na situação, o PT e seus aliados, suprimem os dogmas éticos, morais e fundamentais. Igualam-se ao que se condenava, corrompe e se aparelha tudo e sem critérios técnicos, de qualidade e resultados.

Em Gaspar, isto tudo não é diferente. E o caso do novo hospital é exemplar. Então vamos aos atos deste teatro da vida real, e como possível final feliz. Na semana da reabertura do novo e moderno hospital, propaganda a torto e a direito nos outdoors, nos 20 mil exemplares do folheto “Gaspar em Ação” e principalmente nas rádios, insinuando que foi a atual administração municipal a responsável por tal feito. Sem comentários.

Primeiro Ato: o calvário

No passeio de votos da também chamada de campanha eleitoral, em que elegeram Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, o PT, teve como um dos motes, a reabertura da Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Como se ele não é não é municipal? É uma entidade filantrópica comunitária autônoma, e ao qual o município não teve ou tem nenhuma ingerência direta para esse resultado: o fechamento ou reabertura.

Indireto, teve, sim: por política errática ou intencional, economizou-se com atendimento ambulatorial à população, obrigação do município e repassou-se isso ao hospital, que aceitou devido a gerenciamento temerário ou político, sem a devida contrapartida monetária.

Pior. Na mesma campanha eleitoral se divulgou nos comícios e contatos que o fechamento do hospital foi feito ou era culpa da administração que tentava se reeleger – e venceu-se -, a de Adilson Luiz Schmitt, PSB e Clarindo Fantoni, PP.

Meia verdade. Não foi o prefeito da época quem o fechou, mas uma Ação (02506004119-0) proposta em juízo pelos médicos que queriam o fechamento do Pronto Atendimento. Alegava-se falta de condições técnicas, e principalmente a falta de pagamento – não exigido até então à época da Ação – para o chamado sobreaviso. A Justiça, ouvindo o Ministério Público, atendeu o pedido dos médicos – entre eles, o ortopedista Fernando Buchen, genro do candidato e hoje prefeito Zuchi, que agora em nome desses mesmos médicos, volta a ser diretor clínico do novo hospital, aberto e moderno.

Diante da decisão judicial, o Conselho do Hospital Nossa Senhora Socorro avaliou o quadro desastroso e decidiu fechá-lo. O PA era o único lugar onde se poderia prover recursos próprios para o mendigo, velho, depauperado, moribundo, desclassificado, sucateado, mal gerenciado, usado politicamente para poder, aparelhamento e assistencialismo, endividado hospital. Acumulavam-se questiúnculas na Justiça contra ex-administradores e presidentes do Conselho, por credores, funcionários e até de apropriação indébita de tributos federais, fato que fariam responder os ex-presidentes do Conselho com o patrimônio pessoal, podendo até dar cadeia.

Melhor, o Conselho do hospital não apenas decidiu fechá-lo, mas recuperá-lo, abri-lo sob todas as dúvidas, pressões e dos céticos de plantão. Decidiu dar nova vida ao que se definhava. Um ato desmedido de coragem que a maioria dos políticos de Gaspar, médicos e determinadas lideranças se negavam ao desafio. Nova chance a um hospital sem esgoto, isso mesmo, sem esgoto, rede elétrica sob ameaça, goteiras, sem médicos, sem gerador, uma equipe de funcionários desmotivada, politicamente dividido, condenado pela vigilância sanitária, cheio de dívidas, sem a confiança dos possíveis pacientes, sem futuro, sem planos.

O primeiro contato do Conselho foi com a Acig – Associação Empresarial de Gaspar. O pedido era modesto. O presidente Samir Buhatem topou a parada depois de ouvir o Conselho da entidade e principalmente o presidente do conselho da Acig, o executivo Sérgio Roberto Waldrich, presidente da Bunge Alimentos. E optou-se pelo choque, pelo risco, pela crítica, pelo boicote. Um hospital para ser orgulho e referência em Gaspar.

A Acig foi atrás de parceiros como a Ampe, a CDL, o Lions, o Rotary, a imprensa e lideranças. Constituiu um corpo jurídico terceirizado. Nada foi fácil. Bazares, dezenas de promoções de clubes e entidades, doações privadas e basicamente R$6 milhões vindos da Bunge ou sob a sua sensibilização.

No palanque de campanha, Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, além de acusar os políticos da hora pelo fechamento prometiam se eleitos, colocar R$ 200 mil por mês para se contrapor aos R$130 mil rubricados no orçamento do seu adversário. Eleito, até hoje, Zuchi e Mariluci não cumpriram a promessa de campanha.

Segundo Ato: o checão
A verdade é outra. O articulador de campanha do PT e atual secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Rodrigo Fontes Schramm, mesmo sendo tesoureiro da Acig, foi a rádio para mobilizar companbheiros contra a ideia e aparelhar o Conselho. Não conseguiu. Saiu da Acig e foi para a Ampe. Agora, o PT tenta se desviar criando factoides. E quando confrontado fica nervoso, se descontrola, humilha, ameaça e contrange. Tem consigo uma verdade e que só ele acredita.

O governo do estado compareceu com R$2,25 milhões em dois convênios com participação decisiva dos empresários, do presidente do Conselho, lideranças comprometidas e da Secretaria de Desenvolvimento Regional; o governo federal com R$3,5 milhões numa verba especial para os hospitais atingidos pela catástrofe ambiental de Novembro do ano passado e que veio para o governo do estado distribuir a seu único critério.

Quando este recurso foi entregue aqui, reclamaram em discurso que não havia faixa de agradecimento ao presidente Lula. Um abuso. Quem reclamou nunca foi atrás desta verba; assim como ninguém do PT, da prefeitura. A decisão de destiná-la a Gaspar, coube exclusivamente ao secretário estadual da Saúde, Dado Cheren, sensibilizado pela Acig, o Conselho do Hospital e deputados estaduais da base governista. Nem mais nem menos, até porque eu sou testemunha ocular deste fato.

E o que houve com esta verba? Um desrespeito. Uso político. Propaganda enganosa. Mas, desmascarada e entendida por parte da população. O PT ficou tiririca.

O que aconteceu? Depois de entregue em solenidade pomposa, com oito deputados presentes, muitos discurso, estes recursos só chegaram ao hospital 45 dias depois – uma das causas do atraso da reabertura do hospital prometida para Setembro. E chegou na forma de um checão promocional, fotos e divulgação como os recursos fossem da prefeitura. Um constrangimento sem tamanho, patrocinado pelo prefeito, sua vice, o partido e o presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP. Em recesso, apesar da urgência, o projeto de Lei ficou a espera para trâmite e votação com o dinheiro parado no cofres da prefeitura.

E para encerrar este ato: do governo Lula apenas um recado bem claro. Primeiro paguem o que devem (os impostos). E foi o que a nova administração do Hospital fez. Parcelou, está pagando e se habilitando a verbas de custeio e investimento. Por enquanto, nada.

Terceiro Ato: as irresponsabilidades e a propaganda

Voltando. Do município, é verdade quando Zuchi diz que colocou quase R$2 milhões. Mas, isto foi definido por lei pelo seu antecessor Adilson. Zuchi teve que cumpri-la. E na Câmara quando este assunto foi discutido para se tornar lei impositiva, a então vereadora Mariluci, já vice eleita, trabalhou para que o valor fosse diferente. O total do repasse ficou em R$1,56 milhão segundo a lei 3085. Na proposta original que Adilson enviou e eu acompanhei, era para ser repassados R$200 mil em Janeiro deste ano, R$360 mil em Fevereiro e a partir de Março, R$100 mil todo mês até o final deste ano, num programa de aceleração do cronograma das obras.

Mariluci trabalhou para que as parcelas fossem iguais a R$130 mil por mês (o mesmo total de R$1,56 milhão propostos por Adilson), todavia, bem longe da promessa de campanha de R$ 200 mil por mês e que ela poderia modificá-la naquele momento, pois seria na sua gestão o gerenciamento de tais recursos orçamentários e que dariam então R$2,4 milhões no ano para o hospital.

Você leitor e leitora, e o próprio PT argumenta, pode me dizer que por conta do Pronto Atendimento do hospital fechado, a prefeitura teve que sustentar aberto 24 horas o Car – Centro de Atendimento de Risco – que faz o atendimento ambulatorial do município. É verdade. mas, esta é a obrigação constitucional e que a prefeitura economizava, repassava o serviço ao hospital e não o remunerava, causando-lhe prejuízos. O Pronto Atendimento do hospital é feito para os casos de emergência e urgência, bem diferente do atendimento ambulatorial e social.

Agora, espera-se que a prefeitura e especialmente Adilson e Zuchi saibam o quanto isto custa ao município e saibam o mal (e o rombo) que eles e outros prefeitos causaram ao hospital, sucateando-o. Isto está demonstrado claramente abaixo. Apesar de tudo isso, Zuchi e o PT todavia, parecem que não aprenderam a lição. Já no dia 4 de Janeiro vão fechar gradualmente o Car.

Como será o compromisso da prefeitura com o hospital? Primeiro Zuchi mandou um orçamento para aprovação na Câmara com dotação de R$130 mil, ou seja, longe dos R$170 mil que haviam sido acordados com o advogado e secretário de Saúde, Francisco Hostins Júnior ( o mesmo que deu uma entrevista depois do hopital novinho afirmando que ele não precisava ter sido fechado), foram considerados. A emenda para os R$170 mil por mês ao hospital no orçamento de 2010, foi feita pelo vereadores e ainda pode sofrer veto.

Ou seja, na peça orámentária nada dos R$200 mil prometidos em campanha por Zuchi e Mariluci, que quando cobrados, sempre diziam que antes precisavam de tempo para conhecer a realidade financeira. Um ano depois foi tempo suficiente para tal. Todavia, a história não está completa.

Na inauguração do hospital no sábado dia 19, o prefeito anunciou uma verba adicional de R$400 mil, divididos em duas parcelas de R$200 mil. Somados aos R$2.040.000,00 propostos pelos vereadores, na verdade, vai se alcançar no ano que vem, na média, os R$200 mil mensais prometidos em campanha. Até o momento que posto este comentário, não havia qualquer indicação na pauta da sessão extraordinária de hoje, Segunda-Feira, dia 21, na Câmara, para apreciar este Projeto de Lei, e muito menos o PL autorizativo dos R$170 mil no orçamento.

Resumindo. Por enquanto, o hospital não tem verbas municipais para Janeiro. É que a Câmara está em recesso. Há promessas. Discursos. Acorda, Gaspar.

Para concluir, agora você leitor e leitora tem a compreensão de quanto é o custo operacional do hospital de Gaspar para atender as demandas municipais. Veja este quadro e que dá a dimensão da origem do rombo, do sucateamento e da falência sob todos os aspectos do hospital de Gaspar.

Em 1997, pela lei 1649, Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, do PMDB repassava R$8.500,00 por mês; Andreone Cordeiro que assumiu no lugar de Nadinho, por meio da lei 1920, em 1999, o repasse mensal para o hospital passou a ser de R$17 mil; em 2002, no primeiro mandato de Pedro Celzo Zuchi com Albertina Deschamps, ambos do PT, a lei 2307 aumentou mais uma vez o repasse para R$23 mil e em 2005 a lei 2554 para R$30 mil mensais; em 2006, Adilson Luiz Schmitt, PSB e Clarindo Fantoni, PP, por meio da lei 2712, aumentaram para R$50 mil e depois em 2008, para R$75 mil na lei 2980. Em neste 2009 foi repassado ao hospital pela administração de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, R$130 mil por meio da lei 3085, na proposta orçamentária de Adilson.

Outra coisa que deve ser ressalvada é que as remessas de recursos para o hospital não se limitaram aos repasses mensais. E o crescimento dos repasses (incluindo subvenções, compra de equipamentos, pagamentos extrordinários) ao hospital que vou demonstrar a seguir, foi fruto da discussão aberta com a comunidade do novo Conselho do hospital. Um hospital não é um local de lucros, mas também não pode ser um local de descontrole, de improvisos, de amadorismo e uso político ou assistencialismo para o poder de plantão como sempre foi. Quando isso acontece quem perde é a população e a mais necessitada, a doente e a mais carente.

Veja estes números e conclua você mesmo. Há uma evolução. E quem ganha com esta evolução é a comunidade não os empresários, os políticos, os partidos, a militância, os canidatos, as entidades, os jornalistas, os radialistas ou colunistas. Este é o total dos repasses mensais e outras verbas feitas por prefeitos para o hospital de Gaspar: Nadinho, R$102.000,00; Andreone, R$ 85.000,00; Zuchi no primeiro mandato, R$960.000,00; Adilson, R$3.585.000,00 e Zuchi no primeiro ano do segundo mandato, R$2 milhões que divulgou (sendo R$1.560.000,00 de repasses mensais).

A população foi à inauguração e à visita num testemunho da reconstrução e modernização do único hospital de Gaspar

Eletrecista Agora é Diretor de Planejamento em Gaspar

A atual administração municipal do PT, em Gaspar, aos poucos reafirma e define o aparelhamento partidário, bem como o controle em áreas que ela considera cruciais como a de Compras e Licitações, Serviços, Terceirização, Obras e a de Planejamento (que terá maior fatia do orçamento) para 2010, num ano de eleições. Ao mesmo tempo, ela aproveita para se “desfazer” dos acordos extrapartidários que alimentaram a sua campanha vencedora de 2008.

O PT local também tenta controlar o que ela considera um “tormento”: os “vazamentos de informações” para a imprensa que fiscaliza os atos da equipe do prefeito Pedro Celso Zuchi e sua vice, Mariluci Deschamps Rosa, apesar de todos esses os atos serem públicos e estarem definidos em editais, decretos cartas convites, pregões etc. O que impressiona, é que cobrada pela população, a fraca oposição e até por parte dos apoiadores e do próprio PT, por mais qualidade e qualificação, a atual administração sinaliza ou caminha exatamente no sentido contrário, quando faz escolhas e define a ocupação dos cargos.

É algo cirúrgico. Veja esta. Élio da Silva, eletrecista de ensino médio, responsável pela decoração natalina da cidade e homem de confiança do secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Rodrigo Fontes Schramm, deixou de ser Diretor de Serviços Urbanos para ser Diretor de Planejamento, subordinado a Patrícia Scheit, numa secretaria que tem como titular o engenheiro Soly Waltrick Antunes Filho. É uma secretaria que cuida da legalidade urbana e trata do futuro da cidade pelo Plano Diretor, bem como da aplicação do Estatudo das Cidades.

Quando faz este tipo de nomeação, Zuchi e Mariluci sinalizam claramente que a profissionalização e o futuro não são preocupações prioritárias do atual governo. O caos continuará, assim como o engarrafamento, a falta de pontes, anel de contorno, as autorizações fora da legislação, sem que haja pessoas qualificadas para tal sejam escolhidas para propor soluções de médio e longo prazos. Confira os decretos, todos publicados no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet -, no dia Primeiro de Dezembro.

DECRETO Nº. 3.681 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009.
EXONERA ELIO DA SILVA DO CARGO EM COMISSÃO DE DIRETOR DE SERVIÇOS URBANOS.

PEDRO CELSO ZUCHI, Prefeito Municipal de Gaspar, Estado de Santa Catarina, no uso de suas atribuições que lhe confere o art. 72 da Lei Orgânica do Município, e com fundamento no art. 10 da Lei Municipal nº 1.357, de 28 de maio de 1992,
DECRETA
Art. 1º Fica exonerado, a partir de 1º de dezembro de 2009, o servidor ELIO DA SILVA, portador do CPF nº. 482.292.459-91 e da CI nº. 1482256 SSP/SC, do cargo em comissão de Diretor de Serviços Urbanos, Nível CC, Ref. 55, com 40 horas semanais.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Gaspar, 26 de novembro de 2009.
PEDRO CELSO ZUCHI
Prefeito do Município de Gaspar

DECRETO Nº. 3.684 DE 27 DE NOVEMBRO DE 2009.
NOMEIA ELIO DA SILVA PARA O CARGO EM COMISSÃO DE DIRETOR DE PLANEJAMENTO.

PEDRO CELSO ZUCHI, Prefeito Municipal de Gaspar, Estado de Santa Catarina, no uso de suas atribuições que lhe confere o art. 72 da Lei Orgânica do Município, e com fundamento no art. 10 da Lei Municipal nº 1.357, de 28 de maio de 1992,
DECRETA
Art. 1º Fica nomeado, a partir de 02 de dezembro de 2009, o servidor ELIO DA SILVA, portador do CPF nº. 482.292.459-91 e da CI nº. 1482256 SSP/SC, para o cargo de Diretor de Planejamento, Nível CC, Ref. 55, com 40 horas semanais.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Gaspar, 27 de dezembro de 2009.
PEDRO CELSO ZUCHI
Prefeito do Município de Gaspar

Tudo se amarra entre os companheiros e confiáveis, afinal os cargos são de confiança. Hoje, Segunda-Feira, dia 7, tem um pregão para contratar horas de máquinas e caminhões para o ano que vem. Se tudo der certo, vai se abrir para um bolada de R$3.145.243,00 conforme o convite. E tudo está especificado no artigo que postei no dia 26 de Novembro com o título “Gaspar vai contratar mais de R$3 milhões em horas”. E para isso, também é preciso de gente especializada, com capacidade de controle e movida à transparência.

Se Élio sai, quem vai para o lugar dele? É Antônio Carlos Pereira dos Santos, o Índio, ou Toninho. Ele é mecânico de profissão, trabalhou para Luiz Carniel, da Mecânica Curitibanos, envolvida naquele polêmico caso que levou à única cassação de prefeito em Gaspar, a de Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, PMDB. Na época, o promotor que se interessou pelo assunto era Assis Marciel Kretzer.

Voltando. Índio vai tocar a oficina da prefeitura para assumir o lugar do Élio. Ele já trabalhou numa empresa terceirizada que serviu a prefeitura no primeiro mandato do PT. Conhece bem do assunto.

Com a medida, Gilberto Goedert, diretor de Transporte da Secretaria de Obras e responsável pela contratação de peças e mão-de-obra para a manutenção, enfraquece o servidor de carreira Antônio Thomás Vieira, o Magrão. Para completar a cirurgia e sob a alegação de que eram mais importantes em outros locais, os administrativos da secretaria de Obras, Maicon Isensee e Dorizete Stiz Marchi, foram respectivamente remanejados para as secretarias da Saúde e a do Planejamento.

Tudo isso foi feito, na verdade, sob medida para a vinda do próximo secretário de Obras, Osmar Quintino. O nome ainda não tinha sido divulgado oficialmente mas nas hostes petistas era tido como certo. Quintino é hoje diretor geral de obras do secretário Joel Reinert. Joel que é radialista e dono da Rádio Nativa. Estava pronto para retornar ao seu negócio, o qual está arrendado a Moisés Alexandre Soares Santiago.

Todavia, problemas judiciais podem impedir esta retomada a curto prazo. É uma situação delicada para Joel e para a prefeitura que já desenhava Quintino no lugar de Joel. O juízo de Gaspar concedeu uma liminar cassando o contrato de arrendamento. O Tribunal de Justiça, conheceu um agravo e determinou a volta de Moisés que já tinha até entregue a chave da rádio para o Joel. Se não houver acordo, isso ainda pode ir longe.

Abaixo os decretos das nomeações de Carlos Pereira dos Santos e Jair Nascimento.

DECRETO Nº. 3.682 DE 27 DE NOVEMBRO DE 2009.
NOMEIA ANTONIO CARLOS PEREIRA DOS SANTOS PARA O CARGO EM COMISSÃO DE DIRETOR DE SERVIÇOS URBANOS.

PEDRO CELSO ZUCHI, Prefeito Municipal de Gaspar, Estado de Santa Catarina, no uso de suas atribuições que lhe confere o art. 72 da Lei Orgânica do Município, e com fundamento no art. 10 da Lei Municipal nº 1.357, de 28 de maio de 1992,
DECRETA
Art. 1º Fica nomeado, a partir de 02 de dezembro de 2009, o servidor ANTONIO CARLOS PEREIRA DOS SANTOS, portador do CPF nº. 847.948.289-34 e da CI nº. 8/R 3.049.850 SSP/SC, para o
cargo em comissão de Diretor de Serviços Urbanos, Nível CC, Ref. 55, com 40 horas semanais.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Gaspar, 27 de novembro de 2009.
PEDRO CELSO ZUCHI
Prefeito do Município de Gaspar

DECRETO Nº. 3.683 DE 27 DE NOVEMBRO DE 2009.
NOMEIA JAIR DO NASCIMENTO PARA O CARGO EM COMISSÃO DE ENCARREGADO DE SETOR DA SECRETARIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES E OBRAS.

PEDRO CELSO ZUCHI, Prefeito Municipal de Gaspar, Estado de Santa Catarina, no uso de suas atribuições que lhe confere o art. 72 da Lei Orgânica do Município, e com fundamento no art. 10 da Lei Municipal nº 1.357, de 28 de maio de 1992,
DECRETA
Art. 1º Fica nomeado, a partir de 02 de dezembro de 2009, o servidor JAIR DO NASCIMENTO, portador do CPF nº. 595.886.169-72 e da CI nº. 2.403.492 SSP/SC, para o cargo em comissão de
Encarregado de Setor da Secretaria Municipal de Transportes e Obras, Nível CC, Ref. 33, com 40 horas semanais.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Gaspar, 27 de novembro de 2009.
PEDRO CELSO ZUCHI
Prefeito do Município de Gaspar

Quando o Privado e o Público se Conflitam

Ivete, liderança do novo PMDB de Gaspar

Ivete, liderança do novo PMDB de Gaspar

Quem está temporariamente fora de combate é a combativa peemedebista Ivete Mafra Hammes. Ela se viu surpreendida por um câncer de mama, faz tratamento e se prepara para uma cirurgia. Aos próximos ela diz que está bem. E a torcida é grande. Quem também passa por um período difícil é Miriam, esposa do ex-prefeito de Gaspar, Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, PMDB.

Como esta nota pode ser recebida pela comunidade, os parentes, os próximos e pela própria paciente? Esta é a grande questão humana e de comunicação social. Um conflito cultural, filosófico, de intereses e de percepções. Este é um blog pessoal, mas ele é gerenciado por princípios éticos. Princípios que estão fundamentados no jornalismo, e que norteiam à responsabilidade da informação e a relação dela com a sociedade, à comunidade. Então, neste caso e exemplo se extrapolou a ética? Depende, na minha particular avaliação, do ângulo em que se analisa esta questão. A privacidade é algo intocável, todavia, parcialmente tangível quando no foco da questão está sobre uma pessoa pública, como especialmente é neste caso, Ivete.

Na nossa comunidade, Ivete é uma reconhecida líder quer queira ou não alguns adversários da sua ativa participação política. Ela é representativa. Foi candidata a prefeita e teve 4.140 votos válidos numa disputa inglória, do sacrifício partidário. Agora, estava na missão de reunir os cacos do então forte e histórico PMDB de Gaspar, fortificando-o mais uma vez. Com ela, um punhado de novos abnegados, incluindo o presidente Walter Morello. Um PMDB fraturado com a saída do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, hoje no PSB. Mais do que isso, Ivete estava corojosamente infuenciando os eleitores locais a favor da candidatura de Paulo França para deputado estadual e de Rogério Mendonça, para federal. Ou seja, Ivete é uma pessoa pública (e em ativa ação) e por causa desse aspecto, está sujeita a explicações de atos e fatos, que aparentemente só dizem respeito à sua intimidade, da sua família ou de um círculo íntimo.

Houve quem me dissesse que deste assunto todos já sabem na cidade e que por conta disso não seria necessário formalizá-lo. Ótimo. Se esta notícia nem é novidade, qual a razão para não dá-la? Menor constrangimento e discussão, concluo. “Mas, em Gaspar, ninguém trata desse assunto em público”, retrucaram-me. Ah, sim! Prefere-se a fofoca? Ou seja, todos olham para a pessoa como se dissem eu sei de tudo. Um tudo que contém meias verdades e até mentiras, além das verdades? É uma moral sobrepondo ao valor ético.

Entendo tudo isso, mas acho que está na hora de evoluir. Na verdade, estamos tratando de tabus e até de valores religiosos. Então é preciso discuti-los e pô-los as claras como é o caso do muro sobre uma rua, do uso político do hospital… Por que na nossa comunidade estão todos interessados no caso Dilma Rousseff, PT ou do vice José Alencar, PR, para citar duas entre muitas figurinhas públicas que entram e saem de consultas, tratamentos e hospitais? Por que com um pode e com outro não pode, guardadas as devidas proporções?

Explorar o caso, procurar manchetes e ir atrás de audiência, parece-me algo questionável, irresponsável e anti-ético e estes não são, seguramente, o caso deste blog.

Leiam o que escreveu sobre este dilema, o articulista e bacharel em filosofia Hélio Schwartsman no dia 18 de janeiro de 2001 ao analisar a cobertura da imprensa na doença do ex-governador Mário Covas, PSDB, de São Paulo.

…Não é, porém, o tom dos comentários publicados na imprensa que pretendia discutir aqui. O que me interessa é a oposição entre respeito à privacidade e direito do público à informação. Trocando em miúdos, quero saber se os jornais agem dentro dos limites éticos ao publicar tantas e tão detalhadas informações sobre a saúde do governador.

De um lado, dados médicos são sigilosos. É difícil realmente imaginar algo mais privado do que, digamos, um espermograma, o exame para a contagem de espermatozóides. Um profissional de saúde que divulgue informações de um paciente seu infringe o Código de Ética Médica (art. 11), que tem força de lei.

De outro lado, Covas não é um cidadão comum. Ele é governador do Estado de São Paulo. Seu destino se liga ao de 35 milhões de paulistas. Na condição de figura de destaque da política nacional, seu futuro diz respeito ainda aos brasileiros em geral.

É importante ressaltar também que Covas atingiu essa posição por vontade própria. Ele é o que se convencionou chamar de homem público. E, de alguma forma, homens públicos têm menor direito à privacidade do que pessoas comuns. Num certo sentido, aqueles que procuram a celebridade acabam tacitamente abrindo mão de porções de intimidade. Não afirmo que as coisas devam ser desse modo, apenas constato que são e que quem procurou notoriedade já sabia disso antes…

Faço coro a Schwartsman para o caso local. O comentário está atual. Mas o que é ética?

Ética estuda as morais, o dever fazer, a melhor maneira de agir coletivamente. A coletividade tem um sistema de valores e normas que define: o bem e o mal; o certo e o errado; as virtudes e os vícios. Toda ética é dinâmica, possue uma relação temporal e suas múltiplas formas não são universais ou eternas.

Vou mais longe. Trago a filósofa Marilena Chaui para colaborar na contemporização do tema sobre o valor ético, o bem e o mal:

Ética, moral. Bem. Mal.

Ética: Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. A ética enfatiza a conformidade com padrões idealisticos do bem e mal, como aquelas aplicadas a médicos e advogados. Outras definições:

* um conjunto de princípios da conduta correta.
* teoria ou sistema de valores morais.
* estudo da natureza geral da moral e das escolhas específicas feitas por uma pessoa.
* as regras ou padrões governando a conduta pessoal ou de membros de uma profissão.
* estudo da avaliação da conduta humana à luz dos princípios morais, o que pode ser visto como a conduta * padrão do indivíduo ou como o conjunto de suas obrigações sociais.

As teorias a respeito da consciência sobre o bem e o mal incluem:

* atribuição à vontade divina, d erivada do senso comum inato [Rosseau] ou
* a um conjunto de valores derivados da experiência individual [Locke, Mill].

Idealistas como Platão aceitam a existência de um bem absoluto, que é aspirado por todos os seres humanos. Os códigos morais com freqüência baseiam-se em preceitos religiosos, embora Kant tenha tentado organizar critérios éticos independentes da consideração teológica. A fonte dos critérios éticos tem-se baseado na religião, no estado (Hegel e Marx), no bem do indivíduo (Epicuro, Hobbes) e no utilitarismo (Bentham). Teorias éticas modernas incluem o instrumentalismo de John Dewey, para o qual a moralidade é relativa à experiência individual; e no intuicionismo de Moore, que postula a imediata consciência do bem moral. Mais recentemente, Alasdair MacIntyre tem alertado contra os riscos do individualismo sem controle, delineando a noção moral de Aristóteles sobre a virtude moral como um ponto médio entre extremos e Thomas Nagel considera que a razão substitui o desejo na decisão moral, colocando o altruísmo no lugar do interesse pessoal.

Moral: Conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada. Moral também pode ser vista como o julgamento da bondade ou maldade da ação e do caráter humanos.

Bem: Qualidade atribuída a ações e a obras humanas que lhes confere um caráter moral. [Esta qualidade se anuncia através de fatores subjetivos (o sentimento de aprovação, o sentimento de dever) que levam à busca e à definição de um fundamento que os possa explicar.

Mal: o contrário do bem. Aquilo que é nocivo, prejudicial, mau; aquilo que prejudica ou fere.

Como se ve, é assunto complexo mas compreensível. Ou seja, o bem e o malsão relativizados em função dos valores da própria sociedade e seu tempo. E como a ética se orienta no jornalismo e poderia orientar espaços pessoais como este? Então leiam esta parte do Código de Ética do Jornalismo

Capítulo I – Do direito à informação

Art. 1º O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros tem como base o direito fundamental do cidadão à informação, que abrange direito de informar, de ser informado e de ter acesso à informação.

Art. 2º Como o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse, razão por que:

I – a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários e/ou diretores ou da natureza econômica de suas empresas;

II – a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos fatos e ter por finalidade o interesse público;

III – a liberdade de imprensa, direito e pressuposto do exercício do jornalismo, implica compromisso com a responsabilidade social inerente à profissão;

IV – a prestação de informações pelas organizações públicas e privadas, incluindo as não-governamentais, deve ser considerada uma obrigação social;

V – a obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação, a aplicação de censura e a indução à autocensura são delitos contra a sociedade, devendo ser denunciadas à comissão de ética competente, garantido o sigilo do denunciante.

Ótimo. E no contraponto, o mesmo código estabelece:

Art. 6º É dever do jornalista
VIII – respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão

E agora? Penso que nada foi desrespeitado na mesma proporção em que Ivete fez ela própria a opção por ser pública. Pior, irreparável e irreversível foi o que ela ouviu dos adversários e seus mandados durante a campanha política. Por isso, essa batalha da doença ela possivelmente irá tirar de letra. A medicina avançou muito e Ivete é uma mulher ligada à saúde pública, está otimista (o que é um bom caminho) e sabe como encontrar os melhores atalhos para vencer as dificuldades.

O PT de Gaspar é de Direta

O procurador do Município, Mário Wilson Mesquita, agora investido de filósofo e cientista político, esclareceu este colunista e blogueiro sobre dúvidas que eu nunca tive ou sabia que eu as tinha: “O PT de Gaspar é considerado pelas lideranças estaduais como sendo de direita”. Eu, heim? Isto existe? Jamais questionei esse negócio de direita e esquerda na administração de Gaspar. Aliás, para mim ser de direita ou de esquerda não leva a lugar nenhum. Não enche barriga de ninguém, não traz soluções e ainda justifica ou máscara a falta de iniciativa, de ideias, ações e a preguiça de muitos.

O que o senhor Mesquita quis me dizer com isso? Que eu sou da direita? E que só na direita é que tem déspotas, ditadores, incapazes e gente que come criancinhas? Ele precisa se informar mais e melhor sobre mim, sobre política, filosofia, história, antropologia e realidades. Se é para me constranger e desmoralizar, faz parte do jogo de poder a que o PT está acostumado para nele se manter. Veja o que acontece no Senado, por exemplo, para não ir longe no tempo e nem se circunscrever à nossa aldeia.

O povo quer e precisa de resultados; quer as promessas e os sonhos de campanhas políticas cumpridas ou realizados; quer ver as ações em seu favor, quer melhorias sociais e estruturais de forma concreta e permanente. Ele tem fome, sede, frio e precisa de dignidade mínima. O cerne dos meus questionamentos não é propriamente contra o PT. É apenas uma fiscalização ( e parece quen isso os incomoda) ao poder seja ele em que partido estiver. É do poder que emanam as decisões em favor do povo, do eleitor, dos que democraticamente consagraram as escolhas para o exercício do poder e a seu favor.

E nos meus questionamentos, normalmente estão na incoerência, na propaganda (eivada de incorreções para os desiformados), na dissimulação, na esperteza e no compadrio do poder, como aquele feito no acordo entre quatro paredes, onde o procurador foi o artífice operacional para consagrar algo fora do pedido jurídico (o tal Interdito Proibitório) para, em nome do município e do poder, permitir a construção de um muro e fechar a Rua Cecília Krauss ao povo e assim dar privilégios a poucos. E o rosário é grande e ele sabe muito bem disso.

Se é para filosofar não sou eu quem vai fazer isso. Sou um colador de coisas dos outros. Seleciono apenas. Sou leitor contumaz. Não sou um profeta. Não sou a verdade, nem a luz. Sou um reles, mas penso. E tem muita gente que faz isso também para desespero do PT que está no poder . O partido que combateu e combate essa realidade nos outros (o que é certo no meu entendimento), na prática é igualzinho. Faz da coisa pública um grande aparelho de vantagens. Veja o que eu encontrei na edição de domingo da Folha de S.Paulo na coluna da Danuza Leão sob o título “Quem tem medo da doutora Dilma?”. Pior, este assunto começa ficar recorrente. Parece ser uma onda, o que é um perigo também. O artigo da Danuza finaliza assim:

“Lembro de quando Regina Duarte foi para a televisão dizer que tinha medo de Lula; Regina foi criticada, sofreu com o PT encarnando em cima dela – e quando o PT resolve encarnar, sai de baixo. Demorei um pouco para entender o quanto Regina tinha razão. Hoje estamos numa situação pior, e da qual vai ser difícil sair, pois o PT ocupou toda a máquina, como as tropas de um país que invade outro. Com Dilma seria igual ou pior, mas Deus é grande. Minha única esperança, atualmente, é a entrada de Marina Silva na disputa eleitoral, para bagunçar a candidatura dos petistas. Eles não falaram em 20 anos? Então ainda faltam 13, ninguém merece. Seja bem-vinda, Marina. Tem muito petista arrependido para votar em você e impedir que a mestra em doutorado, Dilma Rousseff, passe para o segundo turno”.

Esse “mestra em doutorado” é ironia da Danuza, pois é um dado falso do curriculo da Dilma. Como se vê é uma prática dos da direita e dos da pura esquerda. Afinal, em que lado estavam Luiz Fernando Poli, Bernardo Leonardo Spengler, Andreone dos Santos Cordeiro e Adilson Luiz Schmitt? Acorda Gaspar.

Para os que se interessam pelo artigo da Danuza, ai vai ele inteiro para a compreensão contextual

VOU CONFESSAR: morro de medo de Dilma Rousseff. Não tenho muitos medos na vida, além dos clássicos: de barata, rato, cobra. Desses bichos tenho mais medo do que de um leão, um tigre ou um urso, mas de gente não costumo ter medo. Tomara que nunca me aconteça, mas se um dia for assaltada, acho que vai dar para levar um lero com os assaltantes (espero); não me apavora andar de noite sozinha na rua, não tenho medo algum das chamadas “autoridades”, só um pouquinho da polícia, mas não muito.
Mas de Dilma não tenho medo; tenho pavor. Antes de ser candidata, nunca se viu a ministra dar um só sorriso, em nenhuma circunstância.
Depois que começou a correr o Brasil com o presidente, apesar do seu grave problema de saúde, Dilma não para de rir, como se a vida tivesse se tornado um paraíso. Mas essa simpatia tardia não convenceu. Ela é dura mesmo.
Dilma personifica, para mim, aquele pai autoritário de quem os filhos morrem de medo, aquela diretora de escola que, quando se era chamada em seu gabinete, se ia quase fazendo pipi nas calças, de tanto medo. Não existe em Dilma um só traço de meiguice, doçura, ternura.
Ela tem filhos, deve ter gasto todo o seu estoque com eles, e não sobrou nem um pingo para o resto da humanidade. Não estou dizendo que ela seja uma pessoa má, pois não a conheço; mas quando ela levanta a sobrancelha, aponta o dedo e fala, com aquela voz de general da ditadura no quartel, é assustador. E acho muito corajosa a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, que está enfrentando a ministra afirmando que as duas tiveram o famoso encontro. Uma diz que sim, a outra diz que não, e não vamos esperar que os atuais funcionários do Palácio do Planalto contrariem o que seus superiores disserem que eles devem dizer. Sempre poderá surgir do nada um motorista ou um caseiro, mas não queria estar na pele da suave Lina Vieira. A voz, o olhar e o dedo de Dilma, e a segurança com que ela vocifera suas verdades, são quase tão apavorantes quanto a voz e o olhar de Collor, quando ele é possuído.
Quando se está dizendo a verdade, ministra, não é preciso gritar; nem gritar nem apontar o dedo para ninguém. Isso só faz quem não está com a razão, é elementar.
Lembro de quando Regina Duarte foi para a televisão dizer que tinha medo de Lula; Regina foi criticada, sofreu com o PT encarnando em cima dela -e quando o PT resolve encarnar, sai de baixo. Não lembro exatamente de que Regina disse que tinha medo -nem se explicitou-, mas de uma maneira geral era medo de um possível governo Lula. Demorei um pouco para entender o quanto Regina tinha razão. Hoje estamos numa situação pior, e da qual vai ser difícil sair, pois o PT ocupou toda a máquina, como as tropas de um país que invade outro. Com Dilma seria igual ou pior, mas Deus é grande.
Minha única esperança, atualmente, é a entrada de Marina Silva na disputa eleitoral, para bagunçar a candidatura dos petistas. Eles não falaram em 20 anos? Então ainda faltam 13, ninguém merece.
Seja bem-vinda, Marina. Tem muito petista arrependido para votar em você e impedir que a mestra em doutorado, Dilma Rousseff, passe para o segundo turno.

Feijoada do PMDB em Gaspar

O PMDB fez a sua tradicional feijoada do ano em Gaspar na Comunidade Santa Clara. Estava concorrida, não como nos velhos tempos de poder. Umas 350 pessoas foram lá (há controvérsias, pois garantem os organizadores que a venda de feijoadas foi superior a 600). Foi uma demonstração de força e reorganização sob o comando do presidente do diretório local Walter Morello. Está claro, que a renovação do partido em Gaspar ainda não começou. O cartão custou R$12,00 por pessoa (quase a metade do PT). Ah! Ainda teve uma ovelha doada pelo correligionário, médico veterinário e ex-secretário da Agricultura em Blumenau e em Gaspar, Renato Beduschi, e que foi sorteada entre os presentes.

O MDB e o sucessor PMDB de Gaspar sempre foram importantes na história política, comunitária e administrativa pós UDN e PSD (a verdadeira e grande rivalidade que influencia até hoje na divisão política local mesmo com o advento do PT). O PMDB de Gaspar, todavia, sofreu dois abalos fundamentais nos últimos tempos. O primeiro deles foi no episódio da cassação do ícone e sempre candidato, Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho. O segundo, maisrecente, quando conseguiu unir os partidos (incluindo o arquirrival PP e oriundo da Arena) em torno do nome de Adilson Luís Schmitt, hoje no PSB. Em ambos, venceu mas não levou. Ao contrário, principalmente no caso Adilson quando se enfraqueceu e isso ficou demonstrado na última campanha municipal. Aliás todos perderam, inclusive o próprio Adilson.

Estavam na feijoada de Gaspar por exemplo o deputado estadual Rogério Peninha Mendonça e que agora diz que será candidato a Federal; o possível par, o atual secretário regional Paulo França e que quer mais uma vez, estar no cenário de disputas do ano que vem; estava lá também o padrinho dessa eterna aventura, o gasparense da gema, ex-prefeito de Blumenau e deputado federal, Renato de Mello Vianna; apareceu ainda o atual vice-prefeito de Blumenau, Rufinus Siebet e sem falar os daqui como os vereadores,lideranças e a eterna candidata do partido Ivete Hammes. Também apareceram por lá muitos outros políticos de outros partidos como o presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, o vereador Jorge Luís Wiltuschnig, PT. Ao fim, ainda apareceram o deputado federal João Mattos e o estadual Aderbal Deba Cabral

Ausência? A do governador Luís Henrique da Silveira e que estava muito perto numa solenidade pelos desabrigados na Ilhota. Todos os peemedebistas estavam ansiosos pela sua presença. E olha que teve gente que até que tentou por telefone convencê-lo a quebrar a agenda oficial.

Quem é o Prefeito de Gaspar?

Quem é o atual prefeito de Gaspar? Pedro Celso Zuchi, PT ou Adilson Luís Schmitt, PSB? A julgar pelo aviso que o Município mandou publicar na edição 241, deste 18.05.2009 no Diário Oficial dos Municípios, aquele que se “esconde” na internet é Adilson. Na Página 10 está lá o “Aviso de Anulação – Pregão Presencial 74/2009“, com data de 15.05.2009. Quem o assina? Adilson. Mas, o prefeito diplomado e no cargo é Zuchi. O mesmo aviso se repete, no mesmo dia, no Jornal de Santa Catarina, à página 18.

A atual administração parece que ainda não se aprumou quase seis meses depois de ter assumido o paço. Ao mesmo tempo em que erra em coisas primárias (colocar o nome de uma autoridade sem autoridade em anúncios públicos), alimenta azares e desconfianças. Este pregão foi “prudentemente” e bem anulado. Mas, continua sendo um problema a espera de uma solução administrativa com contornos de legalidade e perfeição. O pregão seria hoje, dia 19.05 e como ele foi redigido, era dirigido.

Os meus leitores já sabiam disso. Uma sinalização numa pequena nota que escrevi na minha coluna “Olhando a Maré”, no jornal Cruzeiro do Vale, na semana passada, ascendeu o sinal amarelo para o paço. No conserto e troca de peças estava a mesma máquina que um dia retirou Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, do PMDB, do cargo de prefeito de Gaspar. Ali tem uma praga que o ex-governador Paulo Afonso Vieira, PMDB, mandou junto quando a dou para Gaspar. Só pode ser.

A própria redação do Aviso é auto-explicativo da barbeiragem feita. “A Prefeitura Municipal de Gaspar, torna público e para conhecimento dos interessados que o Pregão Presencial 74/2009, o qual tem por objeto Srviços de reforma e conserto de máquinas (pá carregadeira, motoniveladora e escavadeira hidráulica), com fornecimento de peças, foi ANULADO, em razão de irregularidade constatada no Edital e o Projeto Básico, quanto as exigências de distância da sede da contratada, bem como da justificativa apresentada para esta exigência, contestada por terceiros. Base legal: art 49 da Lei 8.666/93.”

Alguma dúvida? Acorda Gaspar.